Por Adelmo Santos, poeta, escritor e membro da Academia Serra-tahadense de Letras

Publicado às 05h26 deste domingo (17)

No último dia 8 de junho estive na AABB do Recife no “Encontro de Amigos de Serra Talhada”, apresentando meu livro: “De Volta À Minha Terra”.

Nesse encontro falei que o livro é um registro de como eu encontrei Serra Talhada, depois de passar mais de 35 anos morando em São Paulo.

Falei das coisas que existiam e que não existem mais, das coisas que evoluíram e as que ficaram para trás, e das coisas que apareceram, que só o progresso traz.

Falei da época que Serra Talhada não tinha faculdade e o estudo na cidade era só em três colégios: Ginásio Industrial, Cônego Torres e na Escola Normal. E que nessa época só as pessoas de posses iam estudar na capital.

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Era muito complicado para o pobre estudar, não tinha nada de graça, quando comprava o caderno faltavam o lápis e a borracha. No fim do curso científico, ficava a ver navios, sem ter onde estudar, ninguém tinha condições de prestar vestibular. O CIST era a alegria, tinha festas e assustados.

A cidade foi crescendo com as festas de setembro cada vez se renovando deixando tudo pra trás, ficou toda diferente, onde a festa começou, hoje já não cabe mais. No Estádio Pereirão e na Estação Rodoviária não houve desenvolvimento, são mais de 40 anos com os dois parados no tempo.

O sertão está mudado, agora é tudo bacana, os matutos falam gírias, conhecem Copacabana. Nas estradas o que se ver são jumentos abandonados, e o vaqueiro andando de moto acelerando atrás do gado.

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