duque 2O prefeito de Serra Talhada, Luciano Duque (PT), não vai mais silenciar quanto às cobranças da oposição sobre temas polêmicos e de interesse do município. Durante entrevista ao Farol, o prefeito petista citou como exemplo o lixão localizado às margens da PE 390, que vem sendo alvo de criticas dos oposicionistas e aproveitou para cobrar da Compesa, obras de saneamento básico, que segundo ele, nunca aplicou um recurso de R$ 86 milhões do Governo Federal.

“Os que governaram Serra Talhada à vida inteira hoje me cobram um aterro sanitário e eles nunca se preocuparam de fazer se quer um projeto. Nós em apenas três anos fizemos o plano de gestão, estamos preparando o projeto do aterro sanitário com recursos do Governo do Estado através do consórcio, já estamos com a licitação na rua para apresentar uma solução para a questão dos resíduos sólidos”, disse o prefeito, focando o discurso no saneamento básico de Serra Talhada.

“A questão do saneamento que é tão cobrada do nosso governo, se você for pegar a pauta política de blogs e matérias de imprensa do passado, eu vi muitos dos que hoje cobram anunciando o saneamento de Serra Talhada, os recursos que iriam ser investidos. E eu sei que a presidente Dilma no final de 2012, início de 2013 anunciou o PAC Saneamento e Serra Talhada foi incluída com R$ 86 milhões e esse recurso nunca foi aplicado”.

Compesa no ‘Paredão’

Ainda durante a entrevista ao Farol, o prefeito declarou que a Compesa precisa explicar porque não utilizou uma verba federal, liberada a fundo perdido, para expandir o saneamento básico da Capital do Xaxado.

“Eu lhe digo o porquê, porque Serra Talhada tem uma concessão de água e esgoto e a concessionária chama-se Compesa, então, eu não vejo a imprensa cobrar da Compesa o saneamento de Serra Talhada quando Governo Federal disponibilizou recursos da OGU (Orçamento Geral da União) a fundo perdido. Bastava a Compesa fazer o projeto e apresentar ao Governo Federal no Ministério das Cidades e iria captar o recurso e talvez já estivesse com essa obra em andamento como está em Afogados da Ingazeira, como está em Salgueiro, como está em Floresta. Falta verdadeiramente a transparência e colocar a verdade no seu lugar, cobrar do município uma responsabilidade que não é do município é muito simples”, disparou Duque, arrematando: “No discurso político cabe tudo, cabe cobrança que é impossível e que ninguém assume a responsabilidade”.