Fotos: Farol de Notícias/Max Rodrigues

Publicado às 05h40 desta sexta-feira (20)

Os lojistas que têm os comércios localizados em frete a Lagoa Maria Timóteo, na Enck Ignácio de Oliveira, centro de Serra Talhada, temem que as cheias de 2020 sejam intensas como as de 2004. Ano que as águas invadiram muitas lojas das imediações.

Pensando nisso, decidiram se precaver construindo murros de proteção nas entradas das lojas, uma vez que, o Rio Pajeú, o Cachoeira, o Açude da Borborema estão cheios e transbordando.

A reportagem do Farol esteve nas lojas e conferiu de perto a preocupação dos empresários. Preocupação esta que não deixou-os se acomodarem e não serem pegos de surpresa como aconteceu em 2004.

Eliane Alves, 19 anos, relembrou as cheias de 2004 e destacou que esta é uma forma de prevenção.

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“É só questão de prevenir para não entrar água. As pessoas estão alarmando muito com as águas que estão vindo no Pajeú e sabendo que as paredes do Jazigo estão rachadas, realmente faz medo, por isso decidimos fazer o muro. Em 2004 mesmo inundou toda a loja. Trabalhamos com a água no joelho e as cobras passando entre as pernas. Não perdemos a mercadoria porque colocamos tudo no 1º andar.”

Já o empresário Wilson Godoy declarou que tiveram uma surpresa ao acordar e está tudo com água.”Foi uma surpresa ver, de repente, tudo cheio, transbordando. O Pajeú cheio, o Borborema, o Cachoeira. Então fizemos essa parede para evitar a entrada da água na loja. Na verdade não resolve tudo, mas é um paliativo. Nos preparamos”, explicou.

Weliton Mourato, 34 anos, também passou por o trauma dos alagamentos, mesmo não sendo atingidos pela água diretamente, mas relatou que ajudaram os amigos que tiveram as lojas alagadas. “Devido ao elevamento no nível de água no rio, decidimos levantar um muro novamente, porque em 2008, quando abrimos a loja, a água chegou até a calçada, mas fizemos a barreira na época também.  Tivemos que ajudar alguns colegas que a água entrou, por isso, não queremos passar por isso.”

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Catarine Magalhães, 29 anos, abriu a loja recentemente e declarou que ficou com medo da possibilidade de alagamento na loja devido ao alerta dos vizinhos e do ocorrido de 2004.

“Até o momento não entrou água, mas devido as cheias de 2004, as pessoas dos comércios vizinhos fizeram muito medo a gente. Eu lembro como foi tenso, e com o volume de água  do Rio Pajeú ficamos amedrontadas e fizemos o muro por precaução.”

Carlos Almeida, 49 anos, ressaltou que espera que as chuvas sejam controladas, mas de qualquer forma se preveniu. “Devemos está sempre vigilantes, porque quando chove sempre tem inundações. Para nos prevenir levantei essa parede na frente da loja para evitar prejuízos. Espero que as chuvas sejam mais controladas, mas de qualquer forma estou me precavendo, porque nessas chuvas não chegou entrar água na loja, mas chegou próximo”, resumiu o lojista.

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