Publicado às 14h20 deste sábado (28)
O prefeito Luciano Duque abriu o verbo, em entrevista concedida por telefone ao Farol de Notícias, neste sábado (28), e disse que o vereador de sua base, Sinézio Rodrigues “quer ver a previdência municipal falida”. O parlamentar do PT tem se posicionado contrário à aprovação da Proposta de Emenda à Lei Orgânica 012/19 e o Projeto de Lei Complementar n° 044/2019, que estipulam novas regras para a previdência municipal, alegando que isso penaliza o trabalhador [saiba mais detalhes].
Na visão de Duque, “não há outra solução, só esse ano botamos mais de 10 milhões para completar a folha dos aposentados. Estamos diante do óbvio”. O prefeito frisou que a Previdência Própria de Serra Talhada tem um déficit que só tende a aumentar. “E o pior. Esse déficit é crescente se não fizermos as reformas. Ele [Sinézio] pensa nas próximas eleições e nós [governo] nas próximas gerações. Ele [Sinézio] quer manter a previdência falida. Ele propõe a inconsequência. Não há diálogo com quem não tem propostas. É lei”, argumentou Duque.
A medida afeta a vida dos servidores municipais, pois aumenta a alíquota previdenciária de 12,5% para 14%, passando a taxar com alíquota de 14% os servidores aposentados e pensionistas que ganham acima de um salário mínimo (até equilíbrio da previdência), mudando regras de pensão por morte e aumentando a idade e tempo de contribuição dos servidores.
QUEM GANHA 1 SALÁRIO NÃO PERDE, DIZ DUQUE
Segundo Luciano, a proposta que estipula novas regras previdenciárias em Serra Talhada é uma medida de justiça. “É preciso entender algo aí, com relação à proteção àqueles que ganham um salário mínimo. Ou seja, a grande massa salarial ganha um salário mínimo. Então o aumento que nós vamos dar esse ano vai cobrir o desconto que eles teriam, então eles não terão perdas. E os aposentados que ganham um salário mínimo também não terão o percentual descontado”.
“Então, protegemos a maioria e estamos fazendo justiça, ou seja, olhando para o futuro, para que essa previdência futuramente possa pagar os seus aposentados”, disse o prefeito, comparando: “Para que a gente não vire um Rio de Janeiro ou um Rio Grande do Sul, onde muitos recebem a sua aposentadoria parcelada. Então, a gente tem que ter responsabilidade com a gestão. É esse o caminho, pode ser o mais difícil e doloroso, mas não há outro caminho para salvar a previdência de Serra Talhada que eu recebi falida”.
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