Publicado às 14h deste sábado (27)

O prefeito Luciano Duque reconheceu, em entrevista de rádio recentemente, que a área da saúde em Serra Talhada tem falhas, mas ponderou que – mesmo assim – sua gestão obteve êxito ao conseguir ampliar a rede de atendimento na cidade. Para ele, é o que deve ser reconhecido especialmente diante o cenário de crise do país, onde – conforme Duque –  há falta de repasses e sub-financiamento da saúde por parte do Governo Federal.

Nas últimas semanas, o deputado Sebastião Oliveira chegou a dizer que falta medicamentos em alguns postos e vereadores da oposição flagraram a UBS de Santa Rita, na zona rural, sem médico e sem agente de saúde [veja aqui].

“Têm algumas áreas descobertas? Tem sim. Mesmo construindo e inaugurando 23 unidades [Serra Talhada] ainda tem área descoberta. No bairro da Cohab, no bairro do Bom Jesus, no Vila Bela. E essas áreas descobertas a gente atende via Cespe, no Centro de Saúde, e atende também via atendimentos noturnos. Agora, dizer que a saúde de Serra Talhada não evoluiu? É faltar com a verdade. Nós ampliamos o atendimento. Temos quase 100% da população sendo atendida, antigamente era 60% ou era 50 e poucos porcento… Dizer que não estruturamos a rede? Nós estruturamos sim a rede. Agora, não ter a compreensão de que o país vive um momento de crise de sub-financiamento de saúde, de governo que não está repassando recursos”, afirmou Luciano Duque, argumentando:

“O [governo do] Estado teve que fazer um acordo agora no Ministério Público para pagar 7 meses de medicamento que estavam em atraso e eu entendo a crise do estado por falta de repasse do Governo Federal e eu entendo a crise do Estado. Eu recebo R$ 29 mil para comprar medicamento e a gente gasta R$ 300 [mil] e a gente está dando conta. Às vezes falta um medicamento, a empresa – por exemplo, que ganhou a licitação para a compra de medicamento num pregão eletrônico, é de Santa Catarina… Então, às vezes passa um mês para chegar o medicamento em atraso, às vezes não vem todo o medicamento que a gente pediu… Às vezes, falta um ou outro medicamento, mas via de regra nós temos. Ou seja, falar que não temos dificuldade? Quem sou eu pra dizer que nós não temos dificuldade. Agora, é preciso despolitizar, pensar mais na população do que ficar em rádio acusando e cobrando”.

LEIA MAIS 

Oposição visita UBS em ST e cobra respostas