Da Folha de PE

Depois de anunciar em suas redes sociais, na noite desta terça-feira (29), que viajará ao Catar para realizar um show durante a Copa do Mundo, a cantora Ludmilla foi alvo de muitas críticas de seus fãs por aceitar se apresentar em um país que criminaliza pessoas LGBTQIA+

Casada com a dançarina Brunna Gonçalves desde 2019, Ludmilla explicou sua participação e garantiu contribuir com instituições ligadas à causa LGBTQIA+. “Tô embarcando pro Qatar, levando a minha música pra um dos eventos esportivos mais importantes do mundo. Desde que recebi o convite, fiquei pensando em como poderia contribuir com as causas LGBTQIA+ além da minha existência, resistência e tudo que represento. Pra mim, não faria sentido não devolver algo pra minha comunidade, já que o Brasil é o país que mais mata pessoas LGBTQIA+ no mundo”, postou Ludmilla.

“Tive a ideia de começar um movimento de apoio a instituições que apoiam pessoas da comunidade, seja com iniciativas criativas, de acolhimento ou recursos básicos. Iremos escolher cinco instituições para apoiar durante todo o ano de 2023. Conhece alguma? Deixe aqui e em breve volto com novidades!”, concluiu a cantora. Ludmilla se apresenta em evento oficial da Copa ao lado de Lil Baby, Jason Derulo, Carig David, Peggy Gou, entre outros.

Segundo o Código Penal do Catar, a homossexualidade é considerada uma prática criminosa, passível de pena de oito anos de prisão e até pena de morte. Estrelas da música internacional, a exemplo de Shakira e Dua Lipa se recusaram a fazer shows no país do Oriente Médio por conta das leis anti-LGBTQIA+ e violações dos Direitos Humanos.