Quatro candidatos têm chances de ir ao segundo turno, que será realizado duas semanas depois da votação de domingo. A primeira etapa da eleição pode trazer surpresas de última hora, dado que o nível de abstenção previsto e o grau de indecisão são altos.
A tumultuada campanha eleitoral francesa, marcada por resultados inesperados nas duas primárias partidárias mais importantes, pela queda de favoritos iniciais à Presidência e pela ascensão do movimento político independente de Macron, tornou-se cada vez mais tensa à medida que a distância entre os candidatos encolhe.
As apostas são altas para os investidores, já que existem dois concorrentes anti-União Europeia e antieuro entre os quatro.
Macron e a líder de extrema-direita Marine Le Pen perderam fôlego na véspera da votação de domingo, mas ainda se espera que disputem a rodada decisiva de 7 de maio, que o independente deve vencer, de acordo com uma pesquisa Cevipof feita para o jornal Le Monde.
O levantamento é um dos mais abrangentes de uma série de enquetes concorrentes publicadas diariamente.
Le Pen, que na última semana insistiu em sua mensagem central de combater a imigração, caiu 2,5 pontos percentuais e tem 22,5 por cento das intenções de voto na comparação com o início de abril, e Macron recuou 2 pontos percentuais e hoje tem 23 por cento das intenções para o primeiro turno, disse o instituto Cevipof.
Jean-Luc Mélenchon, político de extrema-esquerda que cresceu nas últimas semanas, tem 19 por cento das intenções de votos, segundo a pesquisa, e o líder conservador François Fillon, que se recupera de um escândalo de nepotismo, 19,5 por cento.
A abstenção, um fator crucial que aumenta a incerteza com o desfecho do primeiro turno, pode chegar a 28 por cento, de acordo com o Cevipof.
Em linhas gerais os números do Cevipof se harmonizam com tendências recentes de pesquisas que mostram uma corrida extremamente disputada.
Do Reuters