Mãe denuncia constrangimento em UBSPublicado às 06h10 desta quarta-feira (10)

Nesta terça-feira (09), Dayane Cristina, 32 anos, que mora no centro de Serra Talhada, entrou em contato com o Farol de Notícias para denunciar o descaso e constrangimento sofrido por parte do médico que atende na Unidade Básica de Saúde (UBS), Centro I. O ocorrido aconteceu nesta segunda-feira (08), quando ela levou a filha de apenas cinco anos para ser consultada.

Relato de Dayane Cristina

“Há três anos, a minha filha ficou dois meses com uma pilha presa no nariz. Ela acabou ingerindo todo o líquido da pilha. Ela fez o tratamento, mas ficou com sinusite crônica e rinite. Ela também tem uns problemas de hormônio e está sendo acompanhada em Recife. 

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Ontem, levei ela para tirar sangue e passar pelo médico, chegamos antes das 7h, ela estava em jejum. Peguei uma ficha e,  como o médico já havia chegado, não tinha como eu voltar em casa para alimentar ela e fiquei aguardando o atendimento.

Expliquei ao médico que há dois meses ela estava indo semanalmente e ele sempre passando a mesma medicação, ambroxol e loratadina, e eu estava fazendo nebulização. Ele disse que nebulização não servia.

Ele não olhou um pulmão, não olhou nada e disse: ‘Vamos agilizar aí, porque as filhas dela são muito problemáticas e têm muitos problemas. Se for passar o dia ouvindo… Diga aí’. Ele nem me perguntou, perguntou a um rapaz que estava lá. Em seguida disse: ‘Vou encaminhar ela para um pediatra’. 

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Eu fui para ele me dar orientação e passar a medicação para a minha filha e ele me deixou até constrangida na frente dos estudantes, técnicos de enfermagem que estavam lá. Isso que ele fez com a minha filha foi um descaso. Só gostaria de pedir respeito e mais compreensão. Eu sou pobre e precisava de atendimento pelo SUS. Sou pobre, mas os pobres não são podres que um médico sequer toca na criança. 

Pela Regulação, eu vou ter que esperar um mês, dois meses por um atendimento com um pediatra. A criança está com problema de saúde agora, tossindo, espirrando, com secreção. O médico não passou nada de xarope, só me deu o encaminhamento para a pediatra, porque disse que não ia perder muito tempo ali”, concluiu Dayane Cristina.

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O OUTRO LADO

Nesta terça-feira (09), o Farol de Notícias entrou em contato com Anderson Tennens, assessor de comunicação da Prefeitura de Serra Talhada, que ficou de enviar a denúncia à Secretaria de Saúde. Até o fechamento desta edição não obtivemos resposta.