Publicado às 05h40 desta segunda-feira (26)

Uma mãe de um aluno da Escola Municipal Batista Guilherme Carry, em Serra Talhada, que preferiu não se identificar, entrou em contato com o Farol para fazer um desabafo. Segundo ela, a escola está forçando a presença dos alunos para que seja feito um teste de proficiência.

“Nas reuniões de pais a gestão da escola (coordenadora pedagógica e diretora), no início de março minimizou a pandemia incitando os pais a aceitarem um reforço escolar presencial, eu entendo e sei que é emergente o retorno das aulas por conta da perda que estamos tendo na educação, mas também precisamos ensinar e obedecer as leis do País. Estamos falando de pandemia, algo sério não é brincadeira”, relatou.

Segundo a mãe, poucas pessoas foram contra e com isso alguns professores deram aulas de reforço de forma presencial. Os alunos são do 1º ano ao 5º ano, segundo ela, em função do teste de proficiência e por isso querem os alunos nas salas.

“Eles querem de todo jeito dizer que tudo está bem e novamente iniciaram o bendito reforço, e nos dias 20, 21 (feriado) e 22/04 eles querem que obrigatoriamente nosso filhos façam esse bendito teste, minha criança não irá, não permito. A Escola não possui estrutura para retorno às aulas, as salas são pequenas e mesmo que coloquem 4 crianças nas salas não dá para se ter um distancia de 2 metros, as salas não possuem janelas, logo não tem circulação, portanto, mesmo que coloquem poucas crianças o ambiente estará ainda com grande possibilidade de contaminação. Eles disseram que se algum pai quiser pode ser feito o teste on-line, mas eles “aconselham” quase impondo que seja feito presencial”, detalhou a mãe, em desabafo enviado antes dos testes.”

O OUTRO LADO

O Farol entrou em contato com a Assessoria de Comunicação da Secretaria de Educação que se manifestou sobre o assunto e fez esclarecimentos. “Essa informação não procede. O que tem acontecido na verdade é que alguns alunos que estão com alguma dificuldade significativa de aprendizagem em casa têm contado com o apoio da própria gestora e de alguns professores que se dispõem a ajudar os pais que não conseguem desenvolver as atividades em casa.

Eles vão até lá para tirar dúvidas, tomando os cuidados por causa da pandemia e separadamente.
Segundo a diretora, ninguém é obrigado a nada, nem os professores a tirarem alguma dúvida esporádica, nem os pais a buscarem ajuda na escola. Convém acrescentar também que não acontecem aulas em nenhuma escola da Rede Municipal de Ensino desde a pandemia. E as equipes escolares de todo o município são solícitos a dúvidas desde sempre também. Eles sempre ajudam como podem e isso acontece de forma genuína. O teste de proficiência é feito para alunos do 2° ao 5° ano e avaliação diagnóstica que será feita dia 27 é par os alunos do 6° ao 9° ano e é tudo feito de forma on-line “, afirmou, em nota.