Publicado às 05h08 deste sábado (13)
A moradora do bairro Bom Jesus, em Serra Talhada, Natielly Cristina dos Santos Silva, 24 anos, entrou em contato com o Farol para fazer uma denúncia contra a Secretaria de Saúde de Serra Talhada. Seu filho Bernardo de Souza Santos, 3 anos, sofre de paralisia cerebral e precisa de aumento de uma suplementação alimentar que ele já recebe. Segundo Natielly, ela vem tentando e nada é resolvido.
Como Bernardo sofre de paralisia cerebral, ele precisa de uma suplementação chamada Fortini, e há 3 anos ele vem recebendo da prefeitura 15 latas, mas a médica prescreveu 20 latas e segundo Natielly, ficam jogando de um setor para o outro e ninguém resolve.
“Ele passou pela médica e ela solicitou um aumento, porque não estava sendo suficiente. No início quando a gente começou a pegar há 3 anos, a médica solicitou 18 latas, mas a secretaria não quis ceder, tive que ir na promotoria e ficaram dando 15 latas e eu fiquei comprando o restante. Só que agora ele cresceu e mesmo eu comprando não estava suficiente, eu comuniquei a secretaria sobre o aumento, isso foi dia 29 de janeiro e até agora nada, ficam me jogando de um canto para o outro nada”, explicou Natielly acrescentando:
“A médica solicitou 20 latas, ele precisa se alimentar 5 vezes ao dia e uma lata dá para 6 vezes. A moça do setor de compras disse que não pode comprar enquanto o advogado não autorizar, pediram uma perícia, a perícia foi feita e não chamaram ele, chamaram crianças que nem tem deficiência. Já está perto de fazer o pedido e até agora nada”.
O OUTRO LADO
O Farol entrou em contado com o advogado responsável pelo setor, Igor Magalhães, que comentou sobre caso de Bernardo Santos.
“O município atende essa judicialização de forma espontânea, é uma parceria junto com o Ministério Público para prestação de conta, já para desburocratizar esse tipo de serviço. O município atende e o estado não entra com a contrapartida, tudo é recurso próprio, para não deixar faltar a gente atende uma demanda, inicialmente a gente estava atendendo 100%, mas, como o número cresceu significadamente mais de 500%, tivemos que reduzir se não a gente não ia conseguir atender a todos. Eu passei tudo em perícia e estou fazendo um parecer de alinhamento para repartir as responsabilidades com a federação, o estado e o município. O município está arcando 50% de toda a demanda e designando 50% para união e estado. Toda perícia que foi realizada, todos os pacientes que estão retornando com os laudos já está deferido e os demais ninguém foi afetado, estamos mantendo a licitação desse mês e no próximo mês a gente vai fazer as readequações”, detalhou o advogado.
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