Foto: Arquivo Farol de Notícias 

Publicado às 13h58 desta quinta-feira (6)

Após a reabertura da Cadeia Pública de Serra Talhada, algumas famílias dos detentos ainda aguardam o retorno dos serra-talhadenses. Esse é o caso de Maria José Gomes da Silva, 40 anos, empregada doméstica, moradora do bairro Vila Bela, que tem um filho no presídio de Salgueiro e anseia tê-lo perto de casa.

Maria José é mãe de Alexandro Gomes, 22 anos, encarcerado há três anos e dois meses e aguardando julgamento. Em contato com o FAROL DE NOTÍCIAS, ela contou que não tem condições de ir com frequência visitá-lo.

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“Meu filho está em Salgueiro, teve a rebelião e transferiram ele para Pesqueira, a advogada conseguiu transferir ele para Salgueiro e agora renovaram a cadeia e trouxeram 27 presos e o meu não veio e de outras mães. Com isso a gente ficou revoltada, pelo menos eu. O meu filho já tem três anos e dois meses preso e sem ser julgado. Eu sou pobre, moro no Vila Bela e tenho mais quatro filhos, não tenho condições e estou fazendo das tripas coração para ir de 15 e 15 dias em Salgueiro”.

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Ainda segundo a empregada doméstica, o seu filho e outros detentos estão sem advogados para cuidar de seus casos e já buscou ajuda com a Promotoria, mas sem nenhum resultado.

“Ele só tem eu para levar comida, roupa e ajeitar ele. Já procurei o juiz ontem, fui falar com Dr. Vandeci e ele me atendeu muito bem, pediu para eu procurar uma advogado, porque tínhamos uma, mas ela saiu do caso porque não é criminalista. E depois pediram para eu procurar um promotor público, fui falar e me disseram que como tínhamos uma advogada particular não podia mais entrar no caso.”

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