Publicado às 05h20 desta quinta-feira (8)

Maria Edvania de Lima, 45 anos, mãe de Paula Valéria de Lima Santos que sofre de anemia falciforme, entrou em contato com o Farol de Notícias para contar sobre a  revolta dela ao receber de um médico do Hospam (Hospital Regional Professor Agamenon Magalhães), em Serra Talhada, a notícia de que ele iria passar o caso da filha dela de 23 anos para a direção do hospital, se negando a atendê-la. O fato aconteceu na quinta-feira (01). 

“Ele chegou e disse que não tinha mais o que fazer pela minha menina e que ia passar o caso para a direção, porque não ia mais atender ela. Que o que tinha de fazer já havia feito. Eu disse a ele que a direção não é médico e não é remédio, quem teria que atender ela era ele. Minha filha tem 23 anos, e nunca na vida um médico disse que ia passar o caso dela para a direção, porque eles sabem a competência deles”, disse  Maria Edvania acrescentando:

“Ele se negou a atender a minha filha e ficou cochichando com as enfermeiras. Eu quero denunciar os direitos morais da minha filha, porque ela está internada e o médico fez o juramento de atender na doença, na tristeza… Ele se negou, fez um papel estúpido e absurdo! Eu nunca pensei na vida que um médico fizesse isso. Ele passou o caso para outra médica que iria atender no outro dia. Ele poderia ter disso que ia passar, não era dizer que não ia atender ela não”. 

Mais humilhações

“A menina da limpeza toda vez que Valéria fala uma coisa, ela joga uma praga. Ela diz: ‘Por isso que a menina está internada desse jeito, é as bondades da menina’. Ela sempre solta uma indireta. As pessoas não precisam estar com indiretas e nem humilhando. Sempre que ela entra nos quartos fica com essa indiretas com o povo. As enfermeiras da clínica médica e da emergência são um amor, eu não tenho queixa de nenhuma, agora do médico e da menina da limpeza, eu tenho”, relatou Maria Edvania.

O que é anemia falciforme

A anemia falciforme é uma enfermidade que leva a jovem Paula Valéria a ficar internada por semanas, necessitando constantemente de transfusão de sangue, sem contar com as fortes dores que ela sente.

O OUTRO LADO

Nesta quarta-feira (07), o Farol de Notícias tentou contato com a Secretaria de Saúde do Estado e também com a direção do Hospam, mas até o fechamento desta edição não obtivemos respostas.

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