Do Superinteressante

Na quarta-feira (13) às 17h30 (horário de Brasília), a Lua chegará ao seu ponto mais próximo da Terra do ano. O fenômeno, conhecido como “Superlua”, ocorre quando dois acontecimentos coincidem: a Lua está no seu ponto mais próximo de sua órbita ao redor da Terra, e também está em sua fase cheia. Isso faz com que o satélite pareça um pouco mais brilhante e mais próximo do que o normal, embora a diferença seja difícil de perceber.

A superlua de julho é a terceira das quatro que acontecerão em 2022 – e é a que chegará mais perto da Terra. A primeira, em maio, coincidiu com um eclipse lunar total, e a quarta acontecerá em agosto.

O fenômeno deste mês foi apelidado superlua dos Cervos. Povos nativos norte-americanos nomearam a Lua cheia de julho dessa forma porque ela ocorre durante o verão do hemisfério Norte, época em que a galhada dos cervos se regenera.

A órbita da lua ao redor da Terra não é um círculo perfeito, mas sim uma elipse – ou seja, uma forma oval. A distância média entre a Lua e a Terra é de 382.900 km, mas existem pontos mais distantes (apogeu) e mais próximos (perigeu) da trajetória. A superlua só ocorre quando o perigeu coincide com o período de Lua cheia – e é por isso que o fenômeno não acontece todo mês.

Na noite do dia 14, a Lua aparecerá 30% mais brilhante e 14% maior do que o normal, mas é difícil notar a diferença. Ela pode parecer especialmente grande, no entanto, se você observá-la quando estiver próxima ao horizonte. Esse efeito é chamado de “ilusão da lua“, e surge da comparação com prédios ou objetos próximos.

Vale lembrar que o nome “superlua” não é um termo científico. Ele não se originou na astronomia, mas sim na astrologia. O termo foi mencionado pela primeira vez em um texto de 1979 para a revista Dell Horoscope, escrito pelo astrólogo Richard Nolle. Lá, ele definiu uma superlua como “uma Lua nova ou cheia que ocorre quando a Lua está dentro de 90 por cento de sua aproximação mais próxima da Terra”.

Só que termos como “superlua” podem criar uma percepção de “falsos eventos” entre o público, conta o astrônomo Dean Regas ao Space.com. Apesar disso, ele admite que o termo “superlua” é ótimo para a divulgação pública da astronomia, e pode ter outros benefícios além do próprio evento.

“É uma ótima maneira de interessar o público”, comenta. “É algo com o qual eles podem se relacionar, podem sair e realmente ver”. A melhor hora para observar o fenômeno é próximo do pôr e do nascer da Lua. Já que ela pode ser avistada sem uso de equipamentos, não perca a chance de observar esse fenômeno.