Do G1

Foto: Nick Pfosi/Reuters

Manifestantes entraram em confronto com a polícia neste domingo (11) em Brooklyn Center, subúrbio de Minneapolis, após um policial matar um homem negro durante uma abordagem.

A morte de Daunte Wright, de 20 anos, ocorreu a cerca de 16 km de onde George Floyd foi morto, em maio do ano passado, também durante uma ação policial (veja mais abaixo).

O governador de Minnesota, Tim Walz, disse que estava “orando pela família de Daunte Wright, enquanto nosso estado lamenta outra vida de um homem negro levado por policiais”.

A Guarda Nacional de Minnesota foi enviada para Brooklyn Center, depois que centenas de pessoas marcharam em direção ao departamento de polícia da cidade.

Um grupo chegou a jogar pedras em policiais, que responderam com bombas de gás lacrimogêneo e tiros com balas de borracha. O prefeito de Brooklyn Center, Mike Elliott, declarou toque de recolher da 1h às 6h.

A polícia do Brooklyn Center disse que os policiais pararam um homem devido a uma infração de trânsito, pouco antes das 14h, e descobriram que ele tinha um mandado de prisão pendente.

Enquanto a polícia tentava prendê-lo, ele entrou no veículo e um policial atirou, segundo o comunicado. O motorista ainda dirigiu por vários quarteirões antes de atingir outro veículo e morrer no local.

George Floyd

A morte ocorre durante o julgamento de Derek Chauvin, ex-policial de Minneapolis acusado de matar George Floyd, que entra hoje em sua terceira semana de depoimentos.

Em uma abordagem policial, Chauvin ajoelhou-se sobre o pescoço de Floyd, que já estava algemado, asfixiando-o até a morte. Ele tinha 40 anos e havia sido detido por suspeita de usar notas falsas em um mercado.

A morte de Floyd despertou uma onda de protestos em todo o mundo por igualdade racial e contra a violência policial, impulsionando o movimento “Black Lives Matter” (Vidas Negras Importam) e a discussão sobre racismo.

Floyd repetiu “eu não consigo respirar” por 27 vezes enquanto Chauvin o sufocava, durante 9 minutos e 29 segundos. O ex-policial de Minneapolis se declarou inocente e pode pegar até 40 anos de prisão se for condenado pela acusação mais grave.