Foto: Arquivo Pessoal

Por Adelmo Santos, Poeta e escritor, ex-presidente da Academia Serra-talhadense de Letras

Depois de se despedir do futebol mundial em 1973, aos 40 anos, num jogo da seleção brasileira contra um combinado estrangeiro, com público de 155 mil torcedores no Maracanã.

Mané Garrincha saiu pelo Brasil afora do Oiapoque ao Chuí, e pelos campos do Nordeste até chegar por aqui.

Depois de passar por Juazeiro e Petrolina, em jogos de despedidas provocando emoção, chegou em Serra Talhada, na terra de Lampião.

A cidade estava em festas com a seleção formada para receber Garrincha no Estádio Pereirão.

O gênio de pernas tortas quando pegava na bola era a grande atração.

Pelas ruas da cidade o grande Mané Garrincha dava um show de humildade, ele andava de bermuda com uma chinela havaiana e uma gaiola na mão.

Não se hospedou em hotel, ficou na casa dos jurubebas, família de tradição.

O Estádio Pereirão até que estava lotado com o torcedor ansioso para ver Mané Garrincha em sua exibição.

Na foto Garrincha é o terceiro agachado, que está com a camisa da seleção de Serra Talhada.

O jogo acabou com a vitória do Democrata por 1×0.

A seleção de Serra Talhada jogou com Capiti, Roseno, Ezaul, Carcará, Tadeu de Micena e Burica.

Mané Garrincha, Fernando da Favela, Antônio Caju, Mimi e Chico de Roxa.

E assim foi mais um jogo de despedida do nosso querido Mané Garrincha, um gênio de pernas tortas que apesar der ser ingênuo.

Conquistou o mundo inteiro pelos campos jogando bola, fazendo uma linda história.