Do CNN Brasil

Um movimento múltiplo que reuniu torcidas organizadas de times de futebol de São Paulo — como Palmeiras, Corinthians, São Paulo e Santos —, militantes de oposição ao governo Bolsonaro e integrantes de movimentos sociais neste domingo (31), na Avenida Paulista, terminou em tumulto e enfrentamento com policiais

Durante o protesto, que começou de forma pacífica, um embate entre manifestantes pró e contra Bolsonaro próximo ao Masp deu início a um tumulto, por volta das 13h30. Nas imagens registradas ao vivo pela CNN, é possível ver que um grupo de pessoas se aglomerou e rapidamente se dispersou após bombas de gás lacrimogêneo estourarem.

A confusão se deu porque grupos anti-Bolsonaro furaram o bloqueio para arrancar uma bandeira da Ucrânia de um militante bolsonarista. Os antifas, que provocaram a confusão, dizem se tratar de um símbolo nazista. Em entrevista à CNN, o embaixador da Ucrânia no Brasil, Rostyslav Tronenko, negou que a bandeira pertença a grupos neonazistas.

Em seguida, parte dos manifestantes entrou em conflito com policiais, atirando pedras. A PM reagiu com bombas de efeito moral e, na sequência, a tropa de choque entrou em ação. Alguns manifestantes foram detidos e levados até o 78º Distrito Policial, no bairro dos Jardins. Todas as faixas da via foram bloqueadas e a estação do metrô Trianon-Masp foi fechada.

A tropa de choque da Polícia Militar reforçava a segurança no local para evitar confrontos entre os atos — um pró e outro contra o governo Bolsonaro — presentes na Avenida Paulista. Próximo ao Masp, o grupo de torcidas organizadas se concentrava e, alguns quarteirões à frente, um outro grupo formado por apoiados do governo Bolsonaro, vestidos de verde e amarelo, também se reunia.

Em entrevista à CNN, o coronel Álvaro Batista Camilo, secretário-executivo da PM paulista, disse que a confusão começou com uma briga entre manifestantes dos dois grupos e que os policiais agiram para evitar novos confrontos entre as duas manifestações e garantir a ordem.

Em mensagem no Twitter, o governador João Doria defendeu a ação policial que, segundo ele, agiu para evitar um “confronto e prováveis vítimas deste embate”