Publicado às 06h10 desta sexta-feira (7)

Por Paulo César Gomes, Professor, pesquisador e colunista do Farol

A prefeita Márcia Conrado nada de braçadas suaves para a sua reeleição, provavelmente será a mais fácil de todos os tempos. Após realizar a cooptação de lideranças da oposição, a prefeita deixa claro que faz ‘mais sombra’ do lado do governo do que na oposição. Mesmo com todas as dificuldades e limitações de Sebastião e Waldemar Oliveira, quem pulou de lado foi porque viu alguma boa oportunidade à sua frente. Ou seja, não deixaram porque antes eram opositores convictos de  Márcia Conrado, nem tão pouco porque sempre foram aliados fiéis dos Oliveiras.

O que cabe a oposição é ser realista, colocar os pés no chão e deixar de jogar nomes ao vento. Ou até mesmo parar de esperar pela candidatura de Luciano Duque a prefeito, fato que só irá acontecer em um caso extremo. Por enquanto, Duque é deputado estadual até o final do mandato. Isso é se “os meninos kamikazes” de Márcia deixarem. Duque é raposa. Sabe à hora de dar o bote em quem pensa que já é águia, mas mal consegue dar um vôo de uma galinha.

Uma coisa é certa a ‘estória’espalhada pelos ‘meninos’ de que Márcia teria mais de 87% de aprovação virou fumaça, e isso foi bom para que ela retomasse o caminho correto em direção a sua reeleição. O detalhe é que Márcia precisa ter Luciano Duque no seu palanque para dar o xeque-mate na oposição em Serra Talhada.

Enquanto isso, em algum lugar do Brasil ou do sertão pernambucano, alguém pensa em uma saída honrosa para a oposição. Particularmente acredito que a oposição precisa se renovar, e essa renovação passa analisar nomes de pessoas que gostem de verdade da política, do fazer política, de ser um sujeito político.

Por isso eu acho que tanto Luciano Duque, quanto Sebastião Oliveira e Waldemar Oliveira poderiam pensar na possibilidade de colocar o médico cardiologista Waldir Tenório como a primeira opção para disputar o cargo de prefeito. É jovem e corajoso, vai para rua pedir votos e veste a camisa do grupo. Está bem articulado com Marília Arraes, Eduardo da Fonte, Eriberto Medeiros, entre outras lideranças. De repente não custa nada colocar o nome dele nas próximas pesquisas de sondagem e ver no que dar.

A única coisa certa é que a população está ficando ‘enfadonha’ de tanto ouvir que a oposição vai ter um candidato em 2024, nessa novela vão acabar elegendo de 2 a 3 vereadores. Talvez seja por isso que tanto se escuta essa música chiclete: Pula! Pula! Pula! Pula!Pula! Pô Lado de cá!