Fotos: Farol de Notícias/Celso Garcia

Publicado às 13h57 desta terça-feira (4)

A ausência de diálogo do governo Márcia Conrado em torno do reajuste do piso salarial dos professores, só faz aumentar a insatisfação da categoria. A maioria dos docentes acreditam que a prefeita está fugindo do assunto, e não tem propostas à apresentar.

Ontem (segunda-feira) os secretários de Educação, Carlos Antonio e Israel Silveira, ambos da Associação dos Professores de Serra Talhada (Aprost) estiveram no programa Falando Francamente, na TV Farol, e foram taxativos com relação a fraqueza do governo petista. Silveira foi o mais contudente.

“Falando em demandas represadas de reivindicações de professores, de demais servidores, profissionais da educação, que o governo acaba insistindo em ignorar as pautas. Isso é algo que a gente lamenta profundamente. Nós tivemos sim oportunidade de conversar com o Secretário Erivonaldo [Educação], uma pessoa, amiga, gente boa, muito solícita para nos ouvir; mas dizíamos para ele em reunião que infelizmente ele não decide. Nós, que conhecemos a estrutura, como funciona essa máquina aqui em Serra Talhada, sabemos que a decisão fica centralizada a partir de conselhos e pareceres de duas, três ou mais pessoas que ficam junto à prefeita [Márcia Conrado] e acabam decidindo tudo por ela. Acabam de certa forma acabam até a orientando de forma negativa”, disse o ex-secretário.

Na opinião de Israel Silveira, é preciso fazer, urgente, a reformulação do Plano de Cargos e Carreira, de correção de injustiça. “O que a gente interpreta é que falta um grande gesto de nobreza por parte da gestão municipal, da prefeita, eu falo. Não falo dos seus representantes, secretários, porque com todas as suas honras e atitudes e incumbências, cada um nas suas pastas têm exercido o que podem, até onde podem e têm levado conversa, mas sem proposta, conversa vazia”, disse Silveira, cravando:

“Falta a gestora do município ter a coragem, a hombridade de convidar professores e demais servidores e apresentar o que é possível com transparência, olho no olho, que ainda não aconteceu.  Ela [Márcia] foge mesmo. Ela não desenvolveu essa capacidade ainda, e a gente espera que isso aconteça para evitar desgaste, para que nós professores e demais servidores saiamos de nossas casas para um trabalho tranquilo, um trabalho em paz, estimulados. A gente entende que servidor é quem leva serviço ao destinatário. Gestão que não valoriza servidor, finge que valoriza o destinatário do serviço, porque o servidor é quem leva o serviço, é quem leva o melhor que pode para as demais instâncias do município, educação e todas as demais”.

Confira a entrevista completa no Falando Francamente da TV Farol