Mauro Cid decide confessar e culpa Bolsonaro no caso das joias

Do Uol / Foto: Lula Marques / Agência Brasil

O tenente-coronel deve admitir a participação na venda nos Estados Unidos de joias oferecidas a Bolsonaro por governos estrangeiros, na transferência dos recursos para o Brasil e a entrega do dinheiro a Bolsonaro em cash, para evitar rastros.

Deve ainda, diz a Veja, declarar que cumpria ordens do chefe e deve nomear como mandante o ex-presidente Bolsonaro, em esquema que, segundo a PF, foi utilizada a estrutura do Estado brasileiro para enriquecimento ilícito.

Procurada pela Reuters, a defesa de Bolsonaro não respondeu de imediato a pedido de comentário.

O dia já não tinha sido favorável ao ex-presidente, já que o hacker Walter Delgatti, em depoimento à CPI mista dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro, afirmou que Bolsonaro ofereceu um indulto a ele em troca de colocar em dúvida a lisura das urnas eletrônicas e pediu que assumisse a autoria de um suposto grampo telefônico contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

Ainda segundo o depoente, o então presidente teria aberto as portas do Ministério da Defesa para que Delgatti pudesse subsidiar os questionamentos dos militares em relação à confiabilidade do sistema de votação.