Fotos Celso Garcia/Farol de Notícias
Publicado às 05h05 desta quarta-feira (24)
No final da tarde desta terça-feira (23), a movimentação de cerca de 40 pessoas que aguardavam por cirurgia ambulatorial na Casa de Saúde e Maternidade Clotilde Souto Maior, em Serra Talhada, chamava a atenção de quem passava pelo local.
A espera, que para alguns iniciou às 5h30 da madrugada, se deu devido a um imprevisto do médico cirurgião, que precisou se ausentar devido a uma situação de emergência, segundo informações da direção do hospital.
O Farol de Notícias, após receber várias ligações de pacientes que aguardavam o atendimento médico, esteve na Maternidade por volta das 17h30 e ouviu alguns que esperavam a realização de cirurgias eletivas e não escondiam a insatisfação pela demora.
“Chegamos às 7h da manhã e estamos aguardando até agora. Esse médico não aparece. Sempre remarcando. Meu esposo está aguardando para fazer um procedimento cirúrgico”, disse a serra-talhadense Edilene da Silva, 49 anos.
“Eu cheguei às 7h da manhã, pensando que ele vinha logo, e nada até esta hora! Estou aguardando para ver se faz. Diz a menina que ele ainda vem. Foi marcado na terça-feira e hoje está com oito dias que viemos e não fomos atendidos porque ele não veio”, contou Expedito Panta, 73 anos, do Sítio Bandeirante.
“Cheguei às 6h50 e estou esperando até agora. As recepcionistas não sabem dar nenhuma informação. A gente pergunta e a argumentação delas é que ele [médico] está chegando. Ele está vindo de Salgueiro a pé? Nada dele até uma hora desta. Sou daqui de Serra, mas tem muita gente da zona rural”, disse Renato Barbosa, 27 anos.
“Cheguei às 5h da manhã e eles enrolando até esta hora. Dizem que [o médico] chega daqui a pouco e não tem mais carro de lotação para a gente voltar para casa. Se eu quiser voltar, tenho que fretar um carro por R$ 150,00, e sem ter. Ninguém deu esclarecimento para a gente. Eu não posso sair para não perder a vez, porque sou a quinta pessoa.”, relatou Genivaldo Magalhães, da Fazenda Jardim.
O OUTRO LADO
O Farol de Notícias conversou com a direção da Casa de Saúde e Maternidade Clotilde Souto Maior que explicou que a espera se deu devido a uma situação de emergência, mas que os pacientes foram informados e em seguida foi sugerido que poderiam remarcar para um outro dia.
“Não remarcaram porque preferiram esperar. Foi dito a eles que na terça-feira o médico estaria novamente, mas ninguém quis remarcar. Nós iremos esperar até a hora que o médico atender eles. O médico foi chamado para uma emergência e disse que está vindo. Estão aguardando por procedimento ambulatorial”, disse a direção da Casa de Saúde e Maternidade Clotilde Souto Maior.
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