13set2016-sirioO momento do cessar-fogo na Síria, negociado pelos EUA e pela Rússia, é cheio de simbolismo. Ele entrou em vigor ao anoitecer de segunda-feira (12), coincidindo com o Eid al-Adha, o Banquete do Sacrifício.

O feriado comemora a disposição de Abraão a sacrificar seu filho a Deus, uma narrativa central das religiões muçulmana, cristã e judaica e uma metáfora literária recorrente em muitas culturas para o sacrifício dos jovens nas guerras de seus pais e avós.

Os muçulmanos praticantes sacrificam carneiros no feriado, com frequência em público, e muitos sírios manifestaram nesta segunda-feira sentimentos dúbios ao ver o sangue dos animais correr pela sarjeta em tempos de chacina humana. Durante o fim de semana, a guerra aérea do governo sírio apoiado pela Rússia matou quase cem pessoas, morteiros rebeldes caíram sobre várias áreas detidas pelo governo e insurgentes no sul declararam uma nova ofensiva.

Não está claro o nível de compromisso dos combatentes sírios com um plano complexo, em várias etapas, que foi negociado sem sua participação. Estes são os termos do acordo: todos os ataques cessarão, exceto os desferidos contra o Estado Islâmico e grupos ligados à Al Qaeda. Mas o público não sabe o que a Rússia e os EUA definiram como território desses grupos, e há uma profunda desconfiança.

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