Inocêncio ameaçou deixar a liderança caso seja obrigado a aprovar a transformação da Contribuição Provisória de Movimentação Financeira (CPMF) em imposto permanente para financiar a Saúde, como desejava o novo ministro José Serra (PSDB), seu antigo desafeto.
No outro dia, em 26 de março, o deputado federal Luiz Piauhylino (PSDB) usou a tribuna e desafiou Inocêncio Oliveira a provar que suas restrições a Serra se dão por motivos partidários e não pessoais.
“Quando Inocêncio ataca Serra, ele o faz em nome dos seus interesses pessoais, uma vez que é empresário da saúde, ou em nome da bancada?”, questionou Piauhylino, numa alusão ao fato de Inocêncio ser dono de hospitais e de ter um sobrinho como presidente da Fundação Nacional de Saúde.
Indignado, o deputado Inocêncio Oliveira usa a tribuna no dia seguinte (27) dizendo que as colocações do tucano “atentam contra a compostura e dignidade no exercício parlamentar e não passam de uma demonstração de azedume pessoal, frustração e oportunismo de baixo nível, contrários à tradição de elegância e sobriedade dos deputados pernambucanos” e sobre o gerente da FUNASA afirma “que o doutor Giovani Oliveira não tem prontuário. Tem currículo”. O deputado Piauhylino era na época o candidato a deputado federal do ex-prefeito Augusto César, oposicionista do deputado Inocêncio Oliveira.
( Do Blog de Serra Talhada, por Luiz Ferraz Filho )
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