INOCÊNCIONessa terça-feira (25), há exatos 16 anos, em 25 de março 1998, o Diário de Pernambuco publicava que “o deputado federal Inocêncio Oliveira (PFL) subia na tribuna da Câmara dos Deputados para criticar seu partido dizendo que os pefelistas agiram como políticos ao acreditarem na promessa do presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) de que os novos ministros seriam técnicos e permaneceriam nos cargos apenas até o final do atual mandato.

Inocêncio ameaçou  deixar a liderança caso seja obrigado a aprovar a transformação da Contribuição Provisória de Movimentação Financeira (CPMF) em imposto permanente para financiar a Saúde, como desejava o novo ministro José Serra (PSDB), seu antigo desafeto.

No outro dia, em 26 de março, o deputado federal Luiz Piauhylino (PSDB) usou a tribuna e desafiou Inocêncio Oliveira a provar que suas restrições a Serra se dão por motivos partidários e não pessoais.

“Quando Inocêncio ataca Serra, ele o faz em nome dos seus interesses pessoais, uma vez que é empresário da saúde, ou em nome da bancada?”, questionou Piauhylino, numa alusão ao fato de Inocêncio ser dono de hospitais e de ter um sobrinho como presidente da Fundação Nacional de Saúde.

Indignado, o deputado Inocêncio Oliveira usa a tribuna no dia seguinte (27) dizendo que as colocações do tucano “atentam contra a compostura e dignidade no exercício parlamentar e não passam de uma demonstração de azedume pessoal, frustração e oportunismo de baixo nível, contrários à tradição de elegância e sobriedade dos deputados pernambucanos” e sobre o gerente da FUNASA afirma  “que o doutor Giovani Oliveira não tem prontuário. Tem currículo”. O deputado Piauhylino era na época o candidato a deputado federal do ex-prefeito Augusto César, oposicionista do deputado Inocêncio Oliveira.

( Do Blog de Serra Talhada, por Luiz Ferraz Filho )