saudade1[1]Deixei passar o Dia Internacional da Mulher para fazer este breve registro em homenagem a todas elas. Explico: tenho a impressão que tudo que passar a ter um viés midiático acaba se transformando numa simples ação publicitária. Mulher precisa ser reverenciada todos os dias. Elas são alicerces e brotam vida. Não imagino um mundo melhor sem a participação feminina.

Por conta disso, faço  uma homenagem às mulheres que marcaram a minha infância e que ainda hoje guardo boas lembranças. Começo pela minha avó, Luzanira Duarte, que deu à luz a 13 filhos. Dona Luzanira tinha uma sorriso doce e sempre estava aberta ao diálogo. A outra minha avó, Joana Anita, tinha o sangue indígena e era alegria em pessoa.

Agora como não lembrar das professoras Josefa, Noêmia Pereira, dona Zuleide, do Externato São Domingos Sávio, Maria Conserva, Dona Eva, professora de Inglês e dona Josélia Torres, na disciplina de Geografia? Dou asas ao meu imaginário e me vejo correndo pelas rua do antigo Cine Plaza, onde vez por outra, me deparava com Honorina, uma negra que trabalhava com vísceras no mercado público e que me dava medo.

Como esquecer das lendas em torno da dona Zefinha Gomes, ou da luta da professora Maria Rita Araújo em manter vivo o grupo de xaxado Manoel Martins? Meu baú é repleto de lembranças de boas mulheres.

Algumas ainda estão conosco e merecem mais atenção da sociedade. Por exemplo, dona Zuleide, mãe do secretário de Saúde, Luiz Aureliano. Com a cabecinha branca, as vezes me deparo com ela dando voltas na praça Sérgio Magalhães.

Um dias desses tive uma breve conversa com o empresário Adelmo Rodrigues e com o médico Jonas Carvalho (filho da dona Zuleide) e observei os olhos de ambos brilhando com lembranças da infância. A figura da mãe sempre esteve presente na hora dos conflitos. Aliás, saudades da dona Quitéria, mãe do Adelmo e do Tarcísio Rodrigues- não deve ter sido fácil criar esta dupla-.

Por fim, termino com lembranças da minha mãe, que já se encontra em outra dimensão. Ora, não tem adjetivos para Dona Lú. Linda, meiga, doce, encantadora; que educou sete filhos sem nunca ter levantado a mão para nenhum deles. O máximo era um grito: “Pare com isso menino danado”. Não passava disso. Minha mãe ainda está presente em minha vida. Agora, como uma anjo que não para de me espiar.

Um bom domingo a todos