breast-ironing“Breast ironing” (algo como passar os seios a ferro, em inglês) – uma prática abusiva de “achatar” os seios de meninas com o corpo em desenvolvimento para “protegê-las” do estupro e do assédio sexual – hoje afeta 3,8 milhões de mulheres pelo mundo. É o que aponta relatório divulgado pela ONU. O violento processo de esmagar, cortar e bater nos seios com objetos quentes tem como função mutilar meninas para que pareçam menos femininas.

O abuso, executado há centenas de anos, é comum em países africanos, como Camarões, Nigéria e África do Sul. Mas, assim como a mutilação genital, o “breast ironing” é um abuso velado que também ocorre em comunidades fora do continente africano. O Reino Unido é um exemplo, pontua a Marie Claire britânica.
Esta mutilação costuma atingir meninas entre oito e 14 anos.

Os pais justificam o ato como uma maneira de preservarem a pureza das filhas para o casamento. Em alguns casos, eles chegam a dizer que estão protegendo as meninas de estupradores, pois acreditam que homens não são capazes de controlar o próprio desejo. Um dos dados mais tristes sobre a prática é que, em 58% dos casos, a mãe é quem comete o abuso, pois ela acredita que remover os sinais da puberdade é a maneira de permitir que a filha tenha uma educação mais duradoura, em vez de ser vista como “pronta para casar”. Isso a partir dos oito ou nove anos…

Revista Marie Claire