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Nesta terça-feira (22), a reportagem do Farol de Notícias esteve no Mercado Público de Serra Talhada, a pedido de comerciantes do local, para acompanhar o andamento da reforma realizada pela prefeitura do município, Segundo eles, a obra tinha prazo inicial de ser concluída em aproximadamente dois meses, entretanto, segue a seis meses inacabada.
Embora tenha sido estabelecida a previsão de entrega, a reforma ainda não foi concluída e os comerciantes vêm sofrendo prejuízos, por não terem condições de trabalhar em espaços adequados.
Jacelmo de Sousa, 52 anos, trabalha no local há quase 4 anos. Antes da reforma, ele trabalhava das 6h da manhã até as 15h, e afirma que devido a paralisação das obras, está no ‘vermelho’:
“Dois meses se passaram com o mercado fechado, sem ninguém mexer e agora está tudo abandonado. Estamos abandonados, perdendo mercadorias por conta do sol quente, que prejudica nossa mercadoria e só colocaram esse tecido, que não resolve o problema. Aí dentro está abandonado, são 2 ou 3 funcionários trabalhando. A gente procura o secretário (Elisandro Nogueira), ele diz que vem aqui falar e não vem, são só promessas de concluir e entregar e nada. Estamos nos sentindo abandonados”, lamentou.
O cenário atual é de incertezas sobre o futuro e os permissionários já contabilizam quedas financeiras, devido à queda do movimento nas vendas diárias.
Além das atuais condições de trabalho, os comerciantes alegam não terem recebido auxílio financeiro por parte do governo municipal e estão tendo que pagar aluguel para consiguirem continuar trabalhando.
Hélio Barros, 49 anos, é comerciante no mercado público há aproximadamente 6 anos e relata que os trabalhadores não tiveram tempo de se organizarem para a reforma: “Tivemos uma reunião e no máximo em duas semanas já começaram a reforma. Já estamos há mais de 5 meses nesta situação. A falta de transparência com a gente foi muito grande. Estamos pagando aluguel para ter esse espaço aqui. Eles ficam adiando e assim o tempo vai passando.”
Adelson Melo, 53 anos, trabalha no mercado há mais de 30 anos e está sendo prejudicado pelo atraso na conclusão das obras: “Estamos pagando aluguel, não tivemos assistência do governo e houve uma grande diminuição do movimento. A gente está sofrendo com a queda das vendas, temos funcionários, fornecedores, demandas do comércio para pagar, família para manter e a situação não é fácil. Precisamos de mais agilidade na reforma, para que possamos voltar para nossos espaços e ter êxito em nosso trabalho”, disse Melo, reforçando:
“Nenhum gestor anterior enfrentou a reforma e o governo atual enfrentou, mas precisamos de agilidade para conclusão da obra”.
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OUTRO LADO
A reportagem do Farol entrou em contato com Elisandro Nogueira, secretário da gestão municipal, que deu previsão de entrega da obra no mês de novembro:
“Como toda reforma é complexa e principalmente de um equipamento muito antigo, é possível acontecer atrasos. Estive em visita com a secretaria de obras que é a responsável de acompanhamento da obra e a mesma me relatou que agora em novembro será entregue aos permissionários.
Estamos todos aguardando ansiosamente pela entrega, sabemos que toda reforma tem seus transtornos e sabemos também o quanto vai favorecer todos que ali comercializam depois que estiver tudo pronto. Grato pelo contato e estou sempre a disposição para qualquer esclarecimento!”
13 comentários em Mercado Público: Obras inacabadas causam prejuízos em ST