Javier Milei – Foto: Juan Mabromata/AFP

Por Folha de Pernambuco

O presidente da Argentina, Javier Milei, afirmou que planeja demitir 70 mil funcionários públicos nos próximos meses. Em evento público na terça-feira à noite, Milei se gabou de ter encerrado 200 mil planos de assistência social que, sem apresentar provas, ele definiu como corruptos.

Milei voltou a usar a imagem de motosserra para defender seus cortes de gastos.

“O ajuste fiscal que fizemos tem muito de liquidificador. Há muito mais motosserra” disse Milei em um discurso de uma hora no Fórum IEFA Latam em Buenos Aires, referindo-se à erosão dos salários e pensões pela inflação anual de 276%.

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Apesar de ser apenas uma pequena fração dos 3,5 milhões de trabalhadores do setor público da Argentina, os cortes de empregos de Milei certamente enfrentarão mais resistência dos sindicatos do país e poderão afetar os índices de aprovação do presidente.

Um sindicato que representa alguns trabalhadores do governo entrou em greve na terça-feira, enquanto um relatório do governo detalhou que os trabalhadores do setor privado sofreram a pior perda salarial em um mês em pelo menos três décadas depois que ele assumiu a presidência do país em dezembro.

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O secretário-geral da Associação dos Trabalhadores do Estado (ATE) reagiu rapidamente na rede social X, ex-Twitter, anunciando uma greve nacional sem fornecer mais detalhes.

Milei citou pesquisas que mostram que os argentinos estão mais otimistas em relação ao futuro da economia, enquanto um indicador recente da confiança do público no governo aumentou apesar das medidas de austeridade.

“Apesar do ajuste, as pessoas estão esperançosas e veem que há luz no fim do caminho”