Um soldado francês disparou na manhã de sexta-feira (3) contra um homem armado com uma faca na entrada do museu do Louvre, em Paris.

Ele tentou entrar em uma galeria comercial embaixo do museu carregando uma mala e atacou um outro soldado, segundo informações preliminares. O soldado disparou cinco vezes e o suspeito — que não tinha explosivos — foi gravemente ferido.

“Esta agressão é visivelmente um ataque terrorista”, afirmou o primeiro-ministro francês, Bernard Cazeneuve. A região foi interditada, e o museu, fechado. Os visitantes que já estavam dentro do local foram mantidos ali durante a ação.

O Louvre é um dos principais museus do mundo, com relíquias como a Mona Lisa e o Código de Hamurabi.

Uma operação de segurança foi iniciada na sequência, com as forças em alerta. O soldado estava em patrulha quando foi atacado —esse tipo de medida está em vigor desde o atentado ao semanário satírico “Charlie Hebdo”, em janeiro de 2015.

EMERGÊNCIA

Alvo de outro ataque em novembro do mesmo ano, com 130 mortos em Paris e nas cercanias da capital, a França segue em um estado de emergência até julho.

A segurança será um dos principais temas nas eleições presidenciais, com primeiro turno em 23 de abril. Partidos populistas, como a ultradireitista Frente Nacional, se baseiam em um discurso de proteção às fronteiras e freio ao islã e à migração.

As pesquisas de opinião sugerem, por ora, que a Frente Nacional chegará ao segundo turno, em maio.

Da Folha de São Paulo