Publicado às 06h08 desta segunda-feira (16)

Por Adelmo Santos, Poeta e escritor, ex-presidente da Academia Serra-talhadense de Letras (ASL)

Como foi bom ser criança nos meus tempos de meninos, a gente levava a vida, não pensava no destino. O futuro era a esperança. Tomava banhos de chuva, sentia o cheiro do chão, o contato com a natureza era a nossa salvação. Nós gastávamos as energias brincando com os pés no chão, sem saber que era na terra que a nossa mãe natureza dava a sua proteção, para não pegar doenças com sua imunização.

Tempos bons da minha infância, quando eu lembro eu fico assim. Quanto mais o tempo passa, a saudade aumenta em mim. Eu tomava banhos nos rios que eram limpos sem entulhos, e a pedra do curtume era o porto seguro, era lá que os meninos davam um salto pro futuro.

Jogo com bola de meia no patamar da Igreja, a gente levava a vida bem do jeito que queria, mesmo com as dificuldades, a gente era feliz e sabia. Eu daria tudo que tivesse pra voltar o tempo de criança, eu não sei pra que a gente cresce, se não sai da gente essa lembrança.