Foto: Condisi-YY/Divulgação

Por G1

 

O Ministério da Saúde abriu inscrições para cadastro voluntário de profissionais que queriam atuar na Terra Yanomami por meio da Força Nacional do SUS. A reserva, maior do Brasil, enfrenta uma crise sanitária. Por conta da desassistência aos indígenas, foi decretada emergência de saúde pública.

Para submeter a inscrição é necessário preencher um formulário online com o nome completo e a área de formação. O cadastro é permanente para que convocações possam ser feitas em eventuais futuras missões.

Os voluntários já convocados prestarão atendimento direto aos pacientes localizados na Casa de Saúde Indígena (Casai) Yanomami e assistência no hospital de campanha do Exército. A equipe é composta por médicos, enfermeiros e nutricionistas que atuarão de acordo com suas especialidades.

A Força Nacional do Sistema Único de Saúde (FN-SUS) é um programa de cooperação criado em novembro de 2011 e voltado à execução de medidas de prevenção, assistência e repressão a situações epidemiológicas, de desastres ou de desassistência à população quando for esgotada a capacidade de resposta do estado ou município.

A Força Nacional do SUS pode ser convocada pelo Ministério da Saúde nos seguintes hipóteses:

  • Em caso de declaração de Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (Espin);
  • Por solicitação do Comitê Gestor da FN-SUS;
  • Por solicitação dos entes federados; e
  • Para integrar ações humanitárias e em resposta internacional coordenada, quando solicitada pela Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA), Secretaria de Atenção Especializada à Saúde e/ou Secretaria de Atenção Primária à Saúde.

 

Maior reserva indígena do Brasil, a Terra Yanomami registra nos últimos anos agravamento na saúde dos indígenas, com casos graves de crianças e adultos com desnutrição severa, verminose e malária, em meio ao avanço do garimpo ilegal.

Só em 2022, segundo o governo federal, 99 crianças Yanomami morreram, na maioria, por desnutrição, pneumonia e diarreia, que doenças evitáveis. A estimativa é que, ao todo no território, 570, crianças morreram nos últimos quatro anos, na gestão de Jair Bolsonaro.