procurador-carlos-fernando-dos-santos-lima-diz-haver-indicios-de-vantage_1A 24ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada na manhã desta sexta-feira (4), investiga a relação do ex-presidente Lula e seus familiares com empreiteiras envolvidas no esquema de corrupção da Petrobras. De acordo com o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, há indícios de que Lula teria recebido vantagens indevidas, via doações ao Instituto Lula e pagamentos à empresa LILS, através da qual Lula fazia palestras. A operação cumpre 44 mandados de busca e apreensão e de condução coercitiva autorizados pela Justiça Federal.

“Hoje estamos analisando evidências de que o Lula e sua família receberam vantagens para eventual consecução de atos no governo. Ainda é uma hipótese que está sendo investigada, há evidências de pagamento de vantagens sem explicação plausível. Sessenta porcento deste pagamento teria sido feito pelas cinco maiores empreiteiras que estão envolvidas na Operação Lava Jato, e quarenta e sete porcento dos pagamentos por palestras também teriam sido feitas pelas empreiteiras. A OAS e a Odebrecht também pagaram obras no sítio que acreditamos ser de Lula. Também houve pagamento de benfeitorias em triplex do Guarujá. Outros dados de beneficiamento a familiares estão sendo investigados”, disse o procurador. As cinco empreiteiras seriam a Camargo Correia, a Odebrecht, a Queiroz Galvão, a UTC e a OAS.

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Segundo o procurador, R$ 30 milhões foram pagos pelas empreiteiras, sendo R$ 20 milhões em doações e R$ 10 milhões por palestras. O Ministério Público e a Polícia Federal investigam ainda o pagamento de serviços, pelo Instituto Lula, que tem benefícios fiscais, à empresa G4, pertencente ao filho de Lula. De acordo com Lima, o instituto repassou mais de R$ 1 milhão para empresa por supostos serviços prestados. A polícia investiga se esses serviços foram realizados.

Jornal do Brasil