Fotos: Farol de Notícias / Manu Silva

Algumas moradoras do bairro Vila Bela, em Serra Talhada, estão vivendo um dilema com o abuso nas cobranças de taxas de fornecimento de água e eletricidade. Em contato com o FAROL DE NOTÍCIAS, Maria Socorro dos Santos, 37 anos, dona de casa (à direita) disse também enfatizou que passou meses sem fornecimento da Compesa, pois estava em débito. Segundo ela, a alternativa foi utilizar a água de uma barreiro localizado no bairro.

“O papel da minha água está vindo muito caro e eu não tenho depósito nenhum, só a caixa do banheiro. Minha conta está vindo R$ 220, R$ 250 e sempre veio assim. Se brincar eu devo na faixa de R$ 3 a 4 mil só de papel de água, porque eu vou lá na Compesa e parcelo e o juros vai só aumentando. Passei 8 meses com a água cortada, porque não pude pagar. Estava pegando água do barreiro para tomar banho e lavar as coisas e as pessoas dizendo que eu estava bebendo água sebosa. Mas ainda tinha que comprar água para beber e cozinhar”, relatou.

Enquanto Rosa Oliveira do Nascimento, 41 anos, auxiliar de serviços gerais, relatou que já chegou a pagar até R$ 200 a Celpe. De acordo com a moradora, há meses que o salário mínimo que recebe mal dá para pagar as contas e a cesta básica da família. Ambas as moradoras afirmaram que as taxas estão altas demais para famílias que foram morar no Vila Bela justamente por não ter condições de pagar aluguel e contas altas de luz e água.

“Eu moro no bairro há 4 anos e o meu principal problema é que desde que fui morar lá eu pago R$ 200, R$ 150 de energia. Eu já pedi para trocar o relógio e ainda está  a mesma coisa. Eu não tenho eletrodomésticos que gastam tanta energia. Há moradores que têm até ar-condicionado e pagam R$ 40, R$ 50. Moro com dois filhos e dois netos e mesmo assim não há consumo de energia para pagarmos desse tanto. Só não fico devendo porque estou empregada, mas o orçamento fica apertado e às vezes tenho que tirar da minha feira para pagar as contas”, finalizou.

Maria Socorro dos Santos (foto acima) disse também enfatizou que passou meses sem fornecimento da Compesa. Já Rosa Oliveira do Nascimento relatou que já chegou a pagar até R$ 200 a Celpe