Moradores denunciam suposta exploração de merendeiras em STPublicado às 05h03 desta sexta-feira (30)

Moradores do distrito Tauapiranga, zona rural de Serra Talhada, acusam vereador e diretora da Escola Francisca Godoy de usarem os servidores públicos municipais e a estrutura da instituição de ensino para fins políticos. De acordo com uma jovem, que pede para não ser identificada por medo de perseguição, as merendeiras estão cozinhando nos finais de semana para os eventos políticos na comunidade.

Em conversa com o Farol de Notícias, a denunciante afirmou que o almoço para os políticos que realizaram uma carreata no último sábado (24) foi preparado dentro do educandário pelas servidoras, que foram convocadas pela gestora e pelo vereador para trabalhar no domingo (2) no dia da eleição.

“Na escola do meu sítio a diretora da escola e o vereador Pessival Gomes faz elas de escrava. Desde de sábado que ela trabalha fazendo comida para político. Por conta que ela é merendeira da escola e o vereador e a diretora da escola acha que é obrigação delas trabalhar, sim. Porque, infelizmente, ele não tem coragem alguma de pagar 1 real para outras pessoas trabalharem”, afirmou a serra-talhadense.

OUTRO LADO 

A reportagem do Farol de Notícias entrou em contato com o vereador para ouvir sua versão sobre o caso. Por telefone, Pessival Gomes negou as afirmações da denunciante. Segundo ele, sempre que tem uma festividade da comunidade convida as cozinheiras para trabalhar e remunera todas.

“Isso aí é tudo mentira, isso não existe não. Aqui se juntou, a prefeita queria falar e veio 23 presidentes de associação, que a região é grande, e foi entregue 170 identidades. O presidente da associação Pedro Gomes entregou. Aqui tem uma casa aqui que é do meu pai, é uma casa fechada, e todo mundo que pede essa casa, que vem cavar poço e eles só pagam uma cozinheira. E todo mundo vem aqui e usa essa casa. Quando tem um evento eu convido elas para trabalhar fazer comida e elas trabalham por amor, eu tenho elas como minha família”, comentou o vereador.

Uma das 4 merendeiras envolvidas na ação, em conversa com o Farol, também assumiu a defesa de Pessiavl Gomes, afirmando que a denúncia não tinha fundamento.