Fotos: Celso Garcia/Farol de Notícias

Publicado às 05h34 desta quarta-feira (7)

Algumas residências da Rua Francisco de Souza Melo, do bairro IPSEP, em Serra Talhada, têm sido afetadas durante o período chuvoso. Os moradores da rua contam que durante a chuva a água escoa do bairro AABB por um córrego causando estragos nas casas. Lama, esgoto e areia  entram pelos muros para dentro das moradias causando desespero, como aconteceu com Severina Romão, de 75 anos, que teve a casa invadida por lama e esgoto na madrugada dessa terça-feira (6). 

A professora Sandra Maria, 52 anos, relatou que já procurou o Ministério Público há mais de oito meses, e que também conversou com o secretário de obras, Cristiano Menezes. Ela esclareceu que o escoamento da água para as casas, tem sido consequência do novo asfalto que foi feito por cima do antigo, e ficou alto. Fora as duas moradoras da rua, mas dois moradores relataram ao Farol de Notícias o drama que têm vivido após o novo asfalto e as chuvas; também contam em vídeos a situação e pedem ajuda à prefeitura. 

Maria do Socorro da Silva Santos, 58 anos

“Expondo a situação após as chuvas. Estou muito preocupada. A gente pede encarecidamente que façam o escoamento da água que vem lá de cima, da AABB, que foi mostrado atrás da minha casa, por onde passou fez o maior estrago nos muros. A vizinha também sofreu com a lama que entrou no muro dela. A gente pede encarecidamente que a prefeitura venha e tome as providências. A Secretaria de Obras venha resolver essa problemática, porque mais chuvas virão. A gente sofre muito com essa situação. Está afetando a estrutura da minha casa. Tem também os insetos, as muriçocas, e a areia que entra para dentro das casas”.

Sandra Maria de Souza, 52 anos, professora

“Moro ao lado desse córrego. Há seis anos que eu moro aqui, mas a dificuldade começou o ano passado, depois do calçamento que foi feito muito alto, não foi retirado o asfalto antigo, foi passado por cima,  e a situação ficou mais difícil. Se der meia hora de chuva entra água nas nossas casas. Está prejudicando, meu esposo está doente por conta disso, está depressivo, e eu não posso vender minha casa. Estou numa situação muito difícil, pedindo ajuda. Já procurei o Ministério Público há mais de oito meses, e até agora ninguém resolveu. Eles respondem que a prefeitura diz que está tudo certo”

“Todas as vezes que eu falo com o secretário, ele diz que está terminando, que tenha paciência, e nada resolvido. Cada dia que passa é pior. Estamos perdendo móveis, está entrando água. O calçamento do lado da minha casa foi feito muito alto, ao invés da água escoar para a rua, para o córrego da praça, está voltando para as duas casas, a minha e a do vizinho. Vai ter que ser refeito, o secretário tem que aparecer aqui e falar com a gente, porque ele fala só por mensagens. Desde o começo das obras do ano passado que a gente pede, porque está vendo que está errado, e agora a gente está vendo o resultado”.

Severina Romão Barbosa da Silva, 75 anos

“Eu estava dormindo. Quando acordei, a casa estava cheia de lama. Sofri, chorei, pedi socorro, gritei por tanta gente, mas o povo não viu, porque eram três horas da madrugada. Minha irmã com 82 anos e minha sobrinha com 51 anos me socorreram, me tiraram de dentro da lama. Não era lama, era esgoto, uma lama preta, preta. Pedi socorro três horas da madrugada, sem enxergar direito, caindo pelo meio da rua, minha irmã e minha sobrinha foram me socorrer”.

Pedro José da Silva, 56 anos

“A minha casa é desse lado, mas para o pessoal desse outro lado, a coisa é complicada, porque foi dito, mas o pessoal não toma as providências. Agora fizeram um calçamento, olha a situação que já está. Estamos jogados às traças, ninguém toma as providências. Se vai ligar ou falar com o cidadão que comanda isso aqui, ou o secretário de obras, ele desliga o telefone na cara da gente. Ele não dá resposta nenhuma. A gente tem que apelar para algum órgão público tomar as providências, porque do jeito que está não tem condições. Essa buraqueira. Nós precisamos fazer  lombadas, o pessoal está descendo em alta velocidade, e a gente está vendo uma hora acontecer um acidente”.

O OUTRO LADO

Nesta terça-feira (6), o Farol de Notícias entrou em contato com a Secretaria de Serviços Públicos, mas até o fechamento desta edição obtivemos respostas. 

CONFIRA O VÍDEO QUE DETALHA A SITUAÇÃO VIVIDA PELOS MORADORES NO FALANDO FRANCAMENTE DA TV FAROL