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As últimas mãos que ajudaram a construir o maior símbolo de fé e devoção de Serra Talhada se despedem da população que tanto depende, hoje, da matriz de Nossa Senhora da Penha.

Morreu aos 91 anos, na manhã desta segunda-feira (15), João Honorato de Lima, pai do comerciante ‘Lerinho’ e um dos pedreiros mais respeitados da cidade.

‘Seu João’ enfrentava um câncer de próstata que acabou se expandido e atingindo seus ossos, paralisando também seu sistema renal.

Ele estava internado na UTI do Hospital São Vicente e nesta manhã teve uma parada cardíaca.

Com o suor de suas mãos e a arte do traçado, ‘Seu João’ vinha contribuindo com o engrandecimento de Serra Talhada desde 1939, quando começou a construir casas, hospitais e escolas no município.

Ao lado dos colegas de profissão já falecidos Pacheco, Doca, Pedro de Araripina, Seu Dito e José Severino, Honorato assumiu a difícil missão de erguer a atual matriz da cidade por cerca 40 metros de altura sendo o condutor dos trabalhos de conclusão de uma obra que durou mais de 30 anos para terminar.

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“Meu avô foi um homem de muito respeito, um líder da família, onde desde seus filhos até os seus tataranetos lhe respeitavam muito, homem digno, honesto, exemplar, bem conhecido, pela figura que foi aqui na terra, um profissional muito correto, que mesmo com pouco estudo, teve conhecimento para obter o título de um dos melhores pedreiro de sua época, respeitado por engenheiros, mestre de obras e pessoas da área”, comentou o neto Luciano Medeiros, 30 anos, em conversa com o FAROL.

João Honorato era casado com Maria Helena de Lima, seu eterno e único amor. Juntos tiveram 16 filhos, onde somente oito sobreviveram, Lerinho, Joãozinho, Hilton, Lucila, Vera, Clotilde (Tida), Matilde (Neném) e Nelza. Ele deixa ainda 31 netos e 47 bisnetos.

Seu corpo está sendo velado em casa, no bairro Nossa Senhora da Penha próximo à Faculdade de Formação de Professores (Fafopst). O sepultamento será às 9h desta terça-feira (16) no cemitério local.

João Honorato deixa um grande legado para a cidade: a matriz de Nossa Senhora da Penha, além de escolas e hospitais construídos desde que tinha 15 anos