Do Metrópoles

 

Evelyn de Rothschild, banqueiro e dono de um conglomerado financeiro, faleceu aos 91 anos, em Londres, no Reino Unido. Além da dedicação por mais de seis décadas ao império de bancos formado pela família, ele era conhecido por ser um importante conselheiro da Rainha Elizabeth II, morta em setembro passado. A tarefa resultou em uma concessão de título de “Sir”, em razão dos serviços prestados à família real e ao país.

A família Rothschild comanda um império de bancos desde o século XVIII, e por isso esteve intimamente ligada à própria história do Reino Unido. Foi um banco da família que ajudou a financiar, por exemplo, a derrota de Napoleão, na batalha de Waterloo, em 1815. Mais de um século depois, as empresas do grupo Rothschild foram responsáveis por conduzir parte das privatizações durante o governo de Margaret Thatcher, fruto da proximidade da família com a ex-primeira-ministra britânica.

Entre muitas fusões e cisões, o banqueiro advogou pela tentativa de privilegiar o controle da família sobre os negócios, preservando parte do império, ao invés de ceder às propostas de compra por outros grupos financeiros da Europa e Estados Unidos.

Conhecido por seu gosto por cavalos e obras de arte, Evelyn deixou sua marca em negócios alheios ao mundo financeiro. Ele comandou conglomerados de mídia, como a revista The Economist e o jornal The Telegraph, e criou a Fundação Eranda Rothschild, dedicada ao financiamento de políticas de bem-estar social e de pesquisas médicas. Ele deixa a mulher, Lynn Forester de Rothschild, e três filhos.