Do Diario de Pernambuco 
Um mês após a psicóloga Marilda Matias Ferreira dos Santos, de 37 anos, ser encontrada morta dentro do porta-malas do próprio carro, em Pouso Alegre, o caso segue sem respostas. A Polícia Civil informou nesta terça-feira (21), dia em que se completam 30 dias da morte, que aguarda o resultado de exames toxicológicos, que poderão dizer a causa da morte.
De acordo com a perícia, a vítima morreu por asfixia, mas apenas o exame toxicológico vai apontar se foi ingerida ou injetada alguma substância antes da psicóloga sofrer asfixia. Porém, segundo a polícia, ainda não há previsão de quando o resultado desses exames ficará pronto.
Até o momento, todas as informações prestadas pelo marido da vítima foram checadas e confirmadas. Ainda conforme a Polícia Civil, nenhuma hipótese será descartada até a conclusão da investigação.
Relembre o caso
A psicóloga Marilda Matias Ferreira dos Santos, de 37 anos, foi encontrada morta dentro do porta-malas do próprio carro no dia 22 de agosto, em Pouso Alegre. O veículo estava estacionado na garagem da casa da vítima. Quem encontrou o corpo e chamou a polícia foi o marido da psicóloga, um médico veterinário de 62 anos.
De acordo com a Polícia Civil, a vítima estava como os pés e as mãos amarradas, com roupa e capacete de ciclismo, e sem sinais aparentes de violência. Na casa onde a psicóloga morava também não havia indícios de arrombamento.
No dia 29 de agosto, o delegado regional Renato Gavião afirmou que nenhuma hipótese estava descartada. “A vítima foi localizada sem nenhum sinal de violência, nenhum sinal de arranhão, nenhum sinal de injeção ou qualquer coisa do tipo. Então, hoje a Polícia Civil trabalha com todas as hipóteses. Não podemos falar em crime de homicídio, não podemos falar em suicídio até a conclusão da investigação”, afirma o delegado.
Ainda segundo o policial, as amarras dos pés e das mãos poderiam ter sido feitas por uma terceira pessoa ou até por ela mesma. “Estava amarrado, mas uma amarração que pode ter sido realizada pela própria vítima, como pode ter sido realizada por um terceiro. A Polícia Civil está investigando tudo para que esse fato seja devidamente esclarecido”, disse o delegado.
Depoimento do marido
Em depoimento prestado à polícia, o marido da vítima disse que estava trabalhando na fazenda onde presta serviço, no município de Careaçu, quando recebeu uma mensagem da esposa, por volta das 11h50 de sábado, dizendo que iria pegar uma bike speed emprestada com um amigo para pedalar até Borda da Mata.
O marido contou que chegou em casa por volta das 16h30 e que a esposa não estava. Naquele momento, ele não achou estranho porque ela teria falado que chegaria mais tarde do passeio. Porém, mais tarde ela não apareceu, e ele começou a procurar em hospitais e delegacia, mas não teve notícias da psicóloga.