Enquanto todo trabalhador tem o direito a apenas 30 dias de férias, os vereadores de Serra Talhada gozam de um recesso que começou ainda no final de dezembro com retorno previsto para 6 de fevereiro.

Os parlamentares também gozaram recesso em julho. Entretanto, se depender do Movimento Acorda Serra – que pretende atuar a partir de fevereiro – haverá cobrança para que este privilégio acabe de uma vez por todas.

“Desde o início, quando começamos o movimento, nos colocamos favoráveis que esse projeto (da redução do recesso) fosse votado e aprovado, porque nós não concordamos. Eu mesmo não vou concordar como cidadão e não aceito que alguém tenha esse tipo de favorecimento, a própria justiça mudou essa questão que tinha esse recesso longo e ela mudou”, desabafou o comissário de Polícia, Cornélio Pedro, um dos líderes do Acorda Serra.

De acordo com Cornélio Pedro, a sociedade precisa se engajar para fazer pressão junto aos vereadores, aos moldes do que foi feito quando os mesmos vereadores tentaram reajustar seus salários.

“Esse projeto não está morto, não. Ele precisa ser discutido com a população de Serra Talhada. O Acorda Serra Talhada vai estar atento e vai discutir, porque eu não vejo necessidade que vereador tenha esse recesso longo, nem eles mesmos. Ficam fazendo o quê? Primeiro, nós sabemos que as sessões acontecem uma vez por semana”, reforçou.

NOVO COM VELHAS IDEIAS

Ainda durante entrevista na rádio Líder do Vale FM, o servidor público questionou o papel do atual presidente da Câmara, Nailson Gomes (PTC), que no ano passado declarou ser contra a redução do recesso de 60 para 30 dias.

“Eu acredito que Nailson é o novo, se ele é o novo tem que vir com novas ideias. Eu não acredito que ele vá vir com as mesmas ideias. O novo com as velhas ideias, se ele está com essas propostas, eu como cidadão já me declaro contra”, finalizou.