Do JC Online

O Ministério Público Federal (MPF) informou nesta segunda-feira (18) que não há necessidade de realizar perícia nos recibos apresentados pelo ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva referentes ao aluguel de imóveis que são tratados pelos procuradores como supostas propinas da Odebrecht ao petista.

Segundo os procuradores do caso, os recibos de aluguel foram forjados para aparentar legalidade, por apresentarem, entre outros errados, datas inexistentes no calendário. Parte do material tem os mesmos erros gramaticais e há datas como “31 de novembro”.

Lula é réu em ação penal que investiga se um terreno em São Paulo aonde seria sediado o Instituto Lula, no valor de R$ 12 milhões, e o apartamento vizinho ao do ex-presidente, em São Bernardo, no edifício Hill House – R$ 504 mil – seriam formas de pagamento de vantagens indevidas da empreiteira.
Recibos

A força-tarefa sustenta que o ex-presidente nunca pagou pelos imóveis até 2015 Glaucos da Costamarques, primo do pecuarista José Carlos Bumlai, amigo de Lula, é denunciado por ser o suposto laranja do ex-presidente na aquisição do terreno e do apartamento. O ex-presidente apresentou os recibos de pagamento assinados por Glaucos em setembro deste ano. Os recibos apresentados teriam sido pagos pelo petista a Clauco da Costa Marques, suposto proprietário do imóvel.