O Ministério Público Federal (MPF) no Rio de Janeiro denunciou o ex-governador do Rio Sérgio Cabral, o empresário Eike Batista e mais sete pessoas por corrupção e lavagem de dinheiro. Os fatos apresentados na denúncia são resultantes da Operação Eficiência, um desdobramento da Lava Jato no Rio de Janeiro. Trata-se da terceira denúncia contra Cabral, que é suspeito de chefiar um esquema de corrupção no Rio.

Cabral, a mulher Adriana Ancelmo, Wilson Carlos e Carlos Miranda foram denunciados por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Eike Batista e Flávio Godinho, por corrupção ativa e lavagem de dinheiro. Luiz Arthur Andrade Correia, Renato Chebar e Marcelo Chebar, por lavagem de dinheiro. Cabral e os irmãos Chebar também foram denunciados por evasão de divisas , por manterem recursos não declarados no exterior.

De acordo com a denúncia, Eike pagou US$ 16,5 milhões em propina a Sérgio Cabral em 2011. Para realizar a transação, o doleiro Renato Chebar, a mando de Cabral, criou a offshore Arcadia Associados, que assinou um contrato fictício de “aconselhamento e assitência com a Centennial Asset Mining Fund LLC, holding de Eike Batista para possível aquisição de uma mina de ouro da empresa Ventada Gold Corp.

Pela falsa intermediação, a Arcadia receberia da Centennial uma comissão de 1,12% do valor da transação. O valor da propina, segundo o MPF, foi pago partem dinheiro e parte em ações da Petrobras, da Vale e da Ambev, adquiridas nos Estados Unidos. Os recursos foram transferidos para uma conta de Eike no Panamá, a Golden Rock Founation, para a conta Arcadia , aberta por Renato Chebar no Banco Winterbotham, do Uruguai, para receber os valores.

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