MPPE evita vingança entre famílias Gaia e OliveiraPublicado às 18h00 desta terça-feira (21)

Reportagem do MPPE

Para promover a paz e prevenir a violência, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) reuniu membros de duas famílias, em Serra Talhada, cujos boatos que corriam na cidade envolviam crimes de assassinato e possibilidade de vingança. A reunião ocorreu em 7 de agosto deste ano, na Sede de Promotorias do município.

Ao final da reunião, os promotores de Justiça Felipe Akel, que atua em Serra Talhada, e Rodrigo Amorim, de Belém do São Francisco, avaliaram o resultado como positivo por perceberem que houve entendimento e disposição dos presentes para esclarecer os fatos e dissipar qualquer vestígio de rixa entre as famílias Gaia e Oliveira. Também participaram integrantes locais das polícias Civil e Militar.

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“A reunião foi proveitosa. Houve um compromisso mútuo entre eles de que não haverá ataques de nenhum dos lados. Foi um pacto informal de paz”, comentou o promotor de Justiça Felipe Akel. “Foi uma postura inédita e preventiva da parte do MPPE para trazer clareza e fim a qualquer hostilidade que existisse”, concluiu.

HISTÓRICO

Havia uma preocupação do Governo do Estado que o assassinato de pessoas pertencentes à família Gaia pudesse detonar uma onda de revanchismos na região.

Foi disseminado em Serra Talhada que José Oliveira, comerciante da cidade, teria sido alvo de ameaças por integrantes da família Gaia. Os boatos estavam fortes entre os habitantes, o que causou preocupação às autoridades policiais e ao MPPE.

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Espalhava-se pela cidade o comentário de que a arma usada para matar membros da família Gaia pertencia ao comerciante, o que, na reunião, foi esclarecido ser inverdade, uma vez que tal arma já não era de posse de José Oliveira há vários anos. Foi assegurado, então, que em hipótese alguma existe vinculação do comerciante com o crime.

Dois integrantes da família Gaia, Micias e Heleno, relataram a angústia que vêm sofrendo por terem seus filhos assassinados, ao mesmo tempo em que negaram ter em mente qualquer pensamento de violência em relação a José Oliveira (Zezinho).

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Micias desabafou e pediu celeridade na apuração dos crimes. Heleno também afirmou que seus filhos nada fizeram, que suas mortes são injustas e que os responsáveis precisam ser condenados.

O promotor de Justiça Rodrigo Amorim também fez uma análise positiva do encontro. “Demos às famílias a oportunidade de conversar e dissipar os conflitos. Eles aproveitaram bem o diálogo, houve cordialidade e elucidação de dúvidas”, avaliou ele. Também participou da reunião o promotor de Justiça Rafael Steinberger, que atua em Serra Talhada.