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Por Movimento A Ordem é Para Todos

As mulheres representam 45% do  quadro da advocacia em Pernambuco, entre advogadas e estagiárias, segundo número do site Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil. Temos também representantes mulheres no Ministério Público, na Magistratura e na Docência. Entretanto, esses números não se refletem nos eventos da promovidos pela ESA/OAB-PE.

O Congresso Pernambucano de Direito Processual Civil é mais uma prova da exclusão das mulheres. Dos 27 debatedores, cinco presidentes de mesas e quatro conferencistas, a participação das mulheres se restringiu apenas a duas debatedoras em uma mesa sobre Direito de Família no terceiro e último dia do evento. Não foram escolhidas mulheres para nenhuma conferência de abertura ou encerramento, como tampouco, foram previstas mulheres em presidência das mesas de debate.

A mesa de abertura foi composta integralmente por homens e, entre os cinco homenageados apenas uma era mulher. Três homens receberam a comenda Ruy Antunes e dois outros homenageados, dentre os quais uma mulher, recebeu o título de professor emérito.

O movimento A Ordem é Para Todos não acha natural que os espaços de poder sejam todos ocupados preferencialmente por homens, dada a proporção de quase metade dos profissionais da advocacia em Pernambuco serem mulheres. Isso demonstra o machismo institucional ainda muito presente na classe. É preciso levar em conta que, mesmo que estejam em minoria em cargos importantes, há nomes expressivos de mulheres na Magistratura, Ministério Público, Docência e, principalmente, na advocacia, capazes de compor quaisquer eventos, dos mais diversos temas.

“Chega de palestras, seminários e congressos sem a presença feminina nas mesas debatedoras. Chega de mesas de debates compostas apenas por homens. Isso não é, e não pode ser aceitável. O movimento A Ordem é Para Todos propõe a participação de 50% de mulheres em todos os ambientes. Essa luta é nossa”, afirmou Patrícia Carvalho, coordenadora do movimento A Ordem É Para Todos.