Publicado às 20h desta terça (8)

Neste Dia Internacional da Mulher, ao programa Falando Francamente, nesta terça (8), na TV FAROL no YouTube, a delegada serra-talhadense Andreza Gregório, deu uma importante entrevista falando sobre dados da violência doméstica na região, orientando para a busca de profissionais especializados em apoio psicológico, à Delegacia em casos de agressão, e convocou as mulheres a se unirem e se apoiarem contra as humilhações masculinas, especialmente, no ambiente familiar.

“É interessante que as mulheres procurem um serviço de saúde especializado, através de psicólogos ou outros que poderão dar um suporte para fortalecer e assim ela denunciar. É um caminho interessante a percorrer, mas a vizinha, aquela amiga, a colega de trabalho que sabe que aquela mulher está sofrendo abuso, acolha, seja fraterna, apoie, vamos parar de julgar as mulheres, vamos agir com mais sororidade para não continuar com aquele dizer, que muitas vezes ditos até por mulheres mesmo: ‘Ah, ela gosta de apanhar.’ Precisamos nos unir, ajudar, levar aquela colega na delegacia. Não digo que intervenha numa confusão, numa briga de foice, mas há outras formas de ajudar”, orientou.

Andreza Gregório, que atua hoje em Afogados da Ingazeira, comentou que a violência física é uma das comuns tipificadas pela Lei Maria da Penha, mas há outros tipos de violências, a verbal, a moral, matrimonial, sexual. E “qualquer forma de abuso que o homem inibe a mulher, que apague seu farol, sua luz própria”, alerta a Delegada.

“A mulher nasceu para ser livre para fazer suas escolhas, para ter sua autonomia. Não é o fato dela se unir ao homem em um relacionamento afetivo, num matrimónio, que deva anular. Ela continua na sua subjetividade, assim como o homem também e ambos devem ser respeitados e buscar conjugar os seus interesses para uma vida comum. Mas, o homem que diz: ”ah, você não vai malhar porque naquela academia não os homens vão olhar para você. Você não vai estudar, você não vai frequentar a casa da sua família. Tudo que limite já são sinais de abuso claros que aquele homem quer ter o poder sobre ela, manipular aquela mulher e até limitar porque ele busca cercá-la para que ela não peça ajuda.”

VEJA A ENTREVISTA NA TV FAROL