Fotos: Farol de Notícias / Manu Silva

Na tarde deste sábado (23), cerca de 30 jovens negras de Serra Talhada e região estiveram na mesa de debates do II Aniversário do Coletivo Fuáh, no Museu do Cangaço. A novidade é que as fuáhs também irão construir o movimento Marcha Mundial das Mulheres de Pernambuco no intuito de fortalecer as discussões de gênero e o enfrentamento às violências contra a mulher.

Sob a mediação da militante Kecya Freire, as mulheres refletiram o brutal assassinato de Maria Aparecida da Silva e irão se reunir esta semana para deliberar ações para cobrar a investigação e punição pelos quatro feminicídios de 2017.

Em seguida, Ranúzia Neta, coordenadora regional da Marcha Mundial das Mulheres de Pernambuco (MMM-PE Agreste), sobre o impacto das reformas do governo Temer para as mulheres.

Em seguida, a psicóloga Luísa Cruz falou sobre como as vidas das mulheres negras são atingidas por estereótipos racistas, relegando-as a relacionamentos abusivos.

A pesquisadora mestra em Desenvolvimento e Meio Ambiente, Juliana Funari, chamou atenção para como as mulheres agricultoras, caçadoras, pescadoras e outras do meio rural não têm seus trabalhos reconhecidos como protagonistas da produção de renda nas comunidades.

À noite, as mulheres se reuniram na Praça Agamenon Magalhães para um momento cultural ao som de Radiola Serra Alta, Manu Silva e o Dj Róbson Marques. O evento lotou a praça da Concha com a proposta de transformar o espaço, que está sendo alvo de marginalização pela sociedade, em um ambiente de cultura e lazer para os jovens.