O bairro do Mutirão que detém o menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de Serra Talhada era para estar de cara nova e com uma estrutura urbana diferente da atual. Há cerca de três anos que as obras de urbanização, orçadas em R$ 6,4 milhões, se arrastam e o saldo é de frustação e tristeza entre os moradores. Alguns, irão participar da plenária do Orçamento Participativo (OP), neste sábado (17), com uma grande dose de desconfiança.

“Estamos tristes e frustados porque as coisas não acontecem na velocidade que necessitamos. Falta muito para terminar a obra e ninguém nos dá respostas”, disse a líder comunitária Regina Gualberto. Em junho do ano passado, o presidente da Companhia de Habitação de Pernambuco (Cehab), Nilton Mota, esteve na comunidade e fez um rosários de promessas. “Até dezembro, 36 casas estarão prontas”, disse Mota, causando mais expectativa na comunidade. Segundo Regina Gualberto, num período de três anos, apenas 7 das 14 ruas  prometidas foram calçadas e 11 casas foram construidas.

“No período das eleições, quando o deputado Sebastião Oliveira (PR) apareceu dizendo que iria destravar a obra, foi um avanço. Em dois meses fizeram cinco ruas. Agora é tudo muito devagar. Mas Sebastião disse que iria terminar. Muito pelo contrário. Já anunciaram que as ruas 13, 14 e 15 não seriam calçadas porque pertencem a Cagep. Eu não entendo”, lamentou Regina.