TÁTICA: Duque evita dizer que está à frente de um governo de “continuidade”Durante entrevista à Rádio A Voz do Sertão, na semana passada, o prefeito de Serra Talhada, Luciano Duque, se esquivou como pôde para não dizer que seu governo era de “continuidade” da gestão do ex-prefeito Carlos Evandro (PSB), principal responsável pela sua eleição em 2012. Indagado sobre a questão, Luciano defendeu que, nestes 11 meses, conseguiu imprimir uma marca própria, se afastando daquilo que ele mesmo havia prometido em palanque.

Quem acompanhou a disputa eleitoral do ano passado, assistiu a um Duque doutrinado a enaltecer a gestão do seu padrinho político, garantindo “ao povo” a continuidade do que havia sido iniciado, mas não concluído, nos oito anos de Carlos Evandro. Indagado se a gestão do PT era, de fato, um modelo de “continuidade” como havia prometido, o prefeito tergiversou:

“Olha, esse governo tem a nossa marca, não é? Fui vice-prefeito de Carlos Evandro, pude dar uma grande colaboração dentro do governo, mas tinha a marca do governo Carlos Evandro. E esse governo, não!”, esquivou-se Luciano, complementando:

“Esse governo tem a marca de Luciano Duque: governo de participação popular, onde escutamos a sociedade, e estabelecemos como meta uma estrada para Brasília”. Há meses, Duque iniciou uma ampla caça aos carlistas de sua gestão. O último deles foi exonerado nesta terça-feira (3), o ex-secretário de Saúde, José Alves. Ao mesmo tempo, o petista vem destravando uma série de ações deixadas pela gestão passada.