Na TV Farol, médico esclarece dúvidas sobre doenças renais

Publicado às 06h05 desta sexta-feira (17)

Debatendo saúde, o Falando Francamente da TV Farol conversou com o nefrologista Cícero Brasileiro, que deu detalhes sobre prevenção e tratamento das doenças renais. O médico também explicou o motivo da comemoração ao Dia Mundial do Rim, que acontece em caráter internacional na segunda quinta-feira do mês de março. De acordo com o nefrologista, o tema deste ano teve como foco tratar os vulneráveis, que são os pacientes idosos que fazem uso excessivo de anti-inflamatório e pacientes  com histórico familiar de doenças renais, como câncer renal,  transplante, hemodiálise, além de outras doenças como diabetes controlada, obesidade, hipertensão e insuficiência cardíaca.

Tratamento quando há perda de função renal crônica

“Um dos tratamentos para a perda de função renal crônica, além da hemodiálise, é o transplante, que não é a cura, é um tratamento para uma doença renal crônica. Os rins são órgãos tão fantásticos! Para a  pessoa doar um rim, precisa ter condições de doar, ser saudável, não ter nenhuma doença e os rins funcionarem bem. Ela pode sim doar um rim, de preferência para um parente até de terceiro grau; mas em grandes centros de transplante, por exemplo em Recife, hoje, somente o hospital Real Portugues aceita transplante de doador vivo”, esclareceu o médico Cícero Brasileiro, acrescentando:

“Isso porque, mesmo você tendo condições de doar o rim, quem lhe garante que no futuro, durante 10, 20, 30, anos de vida, você não poderá sofrer de algum mal que vá atacar esse filho único de mãe solteira. Hoje, os grandes centros preferem que o paciente receba o rim de um doador falecido e não do doador vivo, mas é sim possível doar o rim de uma pessoa. Há vários casos de filhos que doam para os pais, ou vice-versa, e são bem sucedidos na medicina”. 

Os rins emitem vários sinais

“Existem doenças do rim, mas a grande maioria que ataca os rins são doenças de outros organismos, doenças de outra parte do corpo, por isso que foi criado o dia mundial do rim. Geralmente na segunda semana de março, é uma data internacional, comemorada no mundo inteiro, para a população se conscientizar das doenças renais, porque a grande maioria são assintomáticas. O paciente diz: ‘Eu tive pedra no rim, foi a dor da morte, a dor de um parto’, realmente pedra no rim dói muito, mas a grande maioria das doenças renais são assintomáticas”, esclareceu o doutor, alertando:

“O rim emite alguns sinais além da dor, principalmente na urina. Ela é um pouco amarelada clara, muda de cor, pode ficar vermelha, espumosa, com cheiro forte, azulada, esverdeada, um amarelo muito forte, um amarelo cor de chá ou coca-cola, como a gente fala. São sinais de que o rim não está bem. Outro sinal é num exame de sangue, muito fácil de fazer, chamado creatinina. A creatinina é o principal marcador da função renal, feito em qualquer laboratório de qualquer cidade, um exame simples, barato e que tem na rede pública. Fazendo, uma ou duas vezes ao ano, ajuda muito o médico a saber se a pessoa tem alguma doença renal”.

Doenças que atacam os rins

“O rim, na maioria das vezes, não causa a doença. Ele é sofredor de alguma doença, e as doenças mais comuns que atacam os rins são as doenças cardiovasculares, insuficiência cardíaca, diabetes, hipertensão, paciente com sequela de AVC. Essas são as doenças que mais atacam os rins”, enfatizou o nefrologista. 

Confira mais detalhes na entrevista completa ao Falando Francamente da TV Farol