Da Folha de PE

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em evento na Faculdade de Direito do Largo São Francisco, da USP (Universidade de São Paulo), atacou a imprensa e a Lava Jato e prometeu combater o atual governo e acabar com o fascismo. Lula disse que houve um acordo para persegui-lo e evitar que o PT continuasse governando o país.

“Neste país houve um acordo tácito entre a imprensa brasileira e o coordenador da Lava Jato, que é o [Sergio] Moro. O Moro, antes de começar o processo, ele visitou o Estadão, visitou a Folha, visitou o Globo, visitou a Record, visitou Bandeirantes, visitou SBT e com isso conseguiu o seguinte acordo, num documento que ele publicou chamado Mani Politi, em que está descrito que só era possível prender políticos, prender gente rica se a imprensa ajudasse”, diz o petista.

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O discurso de Lula aconteceu durante o lançamento do livro “Lawfare, uma Introdução” escrito pelos seus defensores Cristiano Zanin e Valeska Teixeira em conjunto com o advogado Rafael Valim. O evento aconteceu no salão nobre da Faculdade de Direito, no centro da capital paulista. A obra trata da teoria de que o ex-presidente é vítima de perseguição política por meio do Judiciário.

“E qual era a ajuda da imprensa? Era tornar, junto à opinião pública, verdadeiras as mentiras que a força-tarefa, a Polícia Federal e o juiz contavam”, diz Lula. “Eu tinha certeza eles queriam evitar que o PT ou o Lula pudesse voltar a governar o Brasil em 2018. Eles passaram a transmitir o ódio no país a partir das manifestações em 2013 e aumentaram este ódio em 2014”, disse o ex-presidente.

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Lula também disse estar com disposição para combater o governo Bolsonaro e “derrotar o fascismo” no Brasil. Participaram do evento o ex-primeiro-ministro de Portugal José Sócrates e o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT). A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) era esperada para fazer parte da mesa, mas não compareceu.