O presidente da Câmara Municipal de Serra Talhada (CMST), Nailson Gomes, mandou um duro recado àqueles que ousarem protestar contra a aprovação da Taxa de Coleta de Resíduos Sólidos (TCR), a popular ‘taxa do lixo’, no plenário da Câmara, quando da volta do recesso em agosto.

Falando a rádio Serra FM, nessa segunda-feira (9), Gomes defendeu o imposto afirmando que não houve aprovação na ‘calada da noite’ e que vai defender a posição unânime dos parlamentares.

Durante a entrevista, ele não pensou duas vezes para ‘bater’ no movimento ‘Acorda Serra’, que surgiu no ano passado em função do reajuste dos salários dos vereadores e, logo depois se desintegrou.

“É cabível que alguns grupos se movimentem porque é o exercício da democracia, agora, esse movimento Acorda Serra já se levantou lá atrás contra os subsídios dos vereadores, a Câmara atendeu juntamente com o prefeito, e agora, de novo, eles se levantam contra uma taxa. Quanto a legalidade não tem como discutir. A taxa é legal”, disse Naison Gomes, arrematando:

“Agora, eu não vi esse movimento se posicionar, por exemplo, contra a reforma previdenciária e trabalhista. Não vi esse pessoal na rua, em rádios e grupos de whatsaps falando contra. A gente vê que é uma coisa direcionada. A Câmara de Vereadores é a casa do povo, mas não vou admitir desordens. Não vão denegrir a imagem dos vereadores porque nenhum foi irresponsável com relação a essa taxa. Se chegarem lá, com ordem, teremos uma discussão salutar, mas de outro jeito, tomaremos as medidas necessárias para conter qualquer tipo de desordem”, reforçou.

IMPOSTO JUSTO

Na opinião do presidente da Câmara, a TCR é justa e necessária porque vai manter a cidade limpa e os serviços de coleta e tratamento do lixo funcionando a contento.

“A gente sabe que quando se mexe no bolso e apresenta mais um tributo causa inquietação. Vejo com naturalidade a discussão. A TCR não é uma coisa nova existe desde 2005 e começou ser aplicada em 2006, junto com o IPTU. O prefeito fez a sua parte, inclusive para atender a demanda do aeroporto. Agora, a maneira que foi colocado para a população, que foi criado mais um imposto, causou toda esta inquietação. A população quer uma cidade limpa, mas quem vai pagar por isso? Se a gente for esperar que o governo pague tudo, a população não vai ter um serviço a contento”, finalizou.