Por Eugênio Marinho, empresário de Serra Talhada
Não levei bandeira de nenhum partido político. Não levei qualquer coisa que pudesse agredir a integridade física de ninguém, aliás, se quer proferi palavras que pudessem atingir a integridade moral de alguém.
Sei, como membro da sociedade civil brasileira, que estamos nos conhecendo, amadurecendo. Sei que cada brasileiro é muito mais do que alguns dos seus indevidos comportamentos. Mas, tenho convicção dos comportamentos que podem fazer progredir ou condenar ao atraso o meu país.
Sei, que só o trabalho, a honestidade e o fim da impunidade podem nos levar ao Brasil dos nossos sonhos. Aquele, em que um compatriota doente achará uma atendimento médico decente, aquele, em que não teremos a nossa vida ameaçada por latrocínio cada vez que sairmos de casa, aquele, em que o diploma escolar seja uma medida exata da competência atestada.
Sei, que isto hoje no Brasil é um sonho, mas tenho conhecimento da realização deste mesmo sonho por outras sociedades civis mundo afora. Por que não acreditar nele, se como nação temos vantagens competitivas inexistentes em muitas destas outras nações?
Sei, que nesta luta não sou um, sou mais um, e é isto que faz toda a diferença. Pois quando formos a grande maioria, certamente, o nosso comportamento enquanto sociedade será outro, e tudo isto fará parte do passado, assim como faz parte dele o antigo comportamento da maioria de nossa sociedade de não usar cinto de segurança em nossos carros, ter passado a usar por medo das punições e a maioria usar hoje por consciência do bem que este comportamento traz.
Não sei se viverei para vê esta mudança, mas enquanto vivo eu for irei as ruas por ela. Porque no dia que eu acreditar que esta mudança é impossível a minha esperança terá morrido e em todos os aspectos da minha vida eu peço a Deus todos os dias que não deixe que ela morra antes de mim. Foi por isso que eu fui pra rua.
Fotos: Farol de Notícias/Eugênio Marinho
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