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Arte: Daniel Figueiredo

As meninas e os meninos cacheados e crespos de Serra Talhada irão se reunir em prol do combate ao preconceito racial e o empoderamento da pessoa negra, no 1º Encontro de cresp@s e cachead@s de Serra Talhada. Em parceria com o FAROL DE NOTÍCIAS, o evento acontecerá na Concha Acústica, no dia 18 de novembro, a partir das 19h, promovido pelo Movimento Fuáh. A ideia surgiu da reunião de amigos e amigas em um grupo de Whatsapp para criar uma rede de solidariedade que fortalecesse meninas que passam pela transição do cabelo alisado para o crespo/cacheado, além dos homens que deixaram o cabelo crescer revelando sua identidade capilar.

De acordo com uma das organizadoras, Andresa Magalhães o encontro é um sonho inspirado em outros movimentos que vêm acontecendo pelo país. “Planejávamos há algum tempo um encontro que reunisse pessoas crespas e cacheadas. Inicialmente era só entre amigos e amigas que tinham as mais diferentes histórias sobre transição e suas dificuldades, sobre preconceito e também sobre aceitação. A partir das dúvidas de uma amiga, resolvemos criar um grupo e depois este evento. Além do debate, o objetivo é acolher as pessoas que sofrem algum tipo de crítica ou rejeição por querer e assumir sua identidade. O encontro trará debate, depoimentos, música e poesia. Será lindo”, disse Andresa.

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O encontro busca valorizar os elementos da beleza negra instigando a auto-identificação étnico-racial. “Esperamos como movimento que as pessoas de Serra Talhada e da região se sensibilizem com a situação de preconceito que vivemos ao assumir nossas identidades e esperamos influenciar e apoiar meninas e meninos que queiram construir, descobrir e assumir sua verdadeira identidade”, explicou Kecya Freire. Já para Manu Silva, o cabelo afro revela muito da identidade. “As mulheres negras historicamente alisaram seus cabelos em busca de pertença e aceitação ao mundo dos brancos, os homens negros também sofrem racismo, por isso raspam a cabeça. O “cabelo bom” deve estar na aceitação de sua beleza natural, não na busca por um padrão socialmente estabelecido.

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